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Navio espanhol “já saiu da posição”, mas ainda precisa do rebocador

14 mar, 2018 - 08:07

Nova tentativa de levar o barco até ao porto de Lisboa deve ocorrer por volta das 13h00, altura da próxima preia-mar.

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O “Betanzos” já soltou amarras e “saiu da posição”, mas pouco. Depois da tentativa feita na madrugada desta quarta-feira, o navio espanhol que encalhou há mais de uma semana está agora apenas preso ao rebocador, mas não consegue mover-se sozinho.

“O navio de 10 mil toneladas está a raspar pelo fundo do monte de areia”, afirma à Renascença o comandante Fernando Pereira da Fonseca, porta-voz da Autoridade Marítima Nacional.

“Verificou-se que o navio saiu da posição, obrigando a cortar a amarra”, que ficou “no fundo e completamente desligada do navio. Apesar do movimento registado, o navio ainda está muito longe de uma zona que lhe permita ganhar flutuabilidade e ser possivelmente rebocado para o porto de Lisboa”, explica ainda.

As operações vão, por isso, prolongar-se durante o dia de hoje. “O rebocador vai manter o trem de reboque ligado e com alguma tensão, voltando a aumentar a força de tração a partir das 11h30” e “temos também previsto que ocorra a próxima preia-mar por volta das 13h00”, adianta o comandante da Autoridade Marítima.

Uma vez junto a terra firme, e antes de seguir viajem, o cargueiro de bandeira espanhola ainda vai ter de passar por um processo de avaliação de danos.

"O navio tem, em primeiro lugar, que desencalhar e se isto acontecer será então rebocado para o porto de Lisboa. Irá atracar e será alvo de inspeção, sobretudo do que chamamos obras vivas, que é toda a área que está abaixo da linha da água, da parte exterior do navio", explica Fernando Pereira da Fonseca.

O “Betanzos” transporta oito mil toneladas de areia com sílica, usada na indústria de porcelana e cerâmica.

A bordo estão ainda 130 toneladas de combustível e 20 toneladas de resíduos oleosos, mas, segundo o porta-voz da Autoridade Marítima Nacional, na ausência de danos estruturais, o risco de derrame é considerado baixo.

A tripulação é formada por 10 pessoas, entretanto retiradas do barco (que encalhou na madrugada de 6 de março, cerca das 1h00, à saída da barra de Lisboa, perto do Farol do Bugio, após uma falha total de energia e da tentativa de fundear).

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