30 out, 2019 - 14:23 • Joana Bourgard , Isabel Pacheco
Onze pessoas foram resgatadas na sequência de uma derrocada no Caldeirão Verde, no concelho de Santana, na ilha da Madeira, disse em conferência de imprensa o responsável pelo Serviço Regional de Proteção Civil da Madeira, José Dias.
Entre os feridos, há seis de nacionalidade francesa, dois portugueses, dois alemães e um brasileiro. As duas vítimas graves, uma portuguesa e outra francesa, foram encaminhadas para o Hospital do Funchal e as restantes para o Centro de Saúde de Santana.
Em declarações à Renascença, Dinarte Fernandes, presidente da Câmara de Santana, diz que "foi uma derrocada provocada por causas naturais, numa levada bastante frequentada por turistas". O trilho será encerrado para avaliação.
O alerta foi dado por uma pessoa que participava na caminhada e que conseguiu escapar à derrocada. O acidente deu-se num percurso pedestre de difícil acesso, que tornou complexas as operações de resgate.
No local estiveram 50 operacionais, apoiados por 13 viaturas, de três corporações de bombeiros da Madeira, GNR e Policia Florestal, apoiados por um helicóptero.
A derrocada desta tarde tem lugar precisamente uma semana depois de uma outra derrocada ter vitimado o funcionário de uma pedreira em São Roque, no Funchal.
A Levada do Caldeirão Verde é um dos 23 percursos pedestres recomendados pela Secretaria Regional do Ambiente e Recursos Naturais da Madeira. O trilho tem início no Parque Florestal das Queimadas e termina no Caldeirão do Inferno, no concelho de Santana.
No site do Governo Regional da Madeira lê-se que a levada é uma “impressionante obra de arte construída no século XVIII”, que transporta água entre a Floresta Laurissilva e os terrenos agrícolas da freguesia do Faial.
Existem quatro túneis ao longo dos 8.7 quilómetros do percurso, que demora mais de seis horas a ser percorrido. Nas normas de conduta e segurança deste caminho, há apenas o alerta para a existência de túneis, com pouca luminosidade e piso escorregadio.
[atualizado às 18h]