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Cultura

Moedas quer criar Museu de Arte Contemporânea com coleção da câmara

24 mai, 2024 - 17:17 • Maria João Costa

Numa altura em que está a decorrer a ARCOlisboa e que a autarquia de Lisboa tem exposta a coleção de arte que tem vindo a adquirir na ARCO, o autarca manifesta o desejo de criar um museu.

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Lisboa pode vir a ter um novo museu de Arte Contemporânea. A vontade foi manifestada na quarta-feira por Carlos Moedas. Na abertura da ARCOlisboa, o autarca lisboeta anunciou que quer ter exposta em permanência a coleção de arte que a câmara tem vindo a adquirir.

O anúncio foi deixado na Cordoaria Nacional onde até domingo decorre a ARCOlisboa e onde 84 galerias de 15 países mostram o que de mais recente se cria. Para o autarca, a feira de arte que está de portas abertas até domingo é já uma “âncora” da capital cultural

“A ARCOlisboa tornou-se de certa forma a âncora da arte contemporânea no nosso país, para atrair o melhor que há em Portugal, mas também no estrangeiro. Assim tal como a Web Summit, foi a âncora da inovação, a ARCOlisboa, âncora da arte contemporânea”, afirmou.

Durante a feira e até 21 de julho, no Torreão Nascente da Cordoaria Nacional, a autarquia mostra a sua coleção de arte contemporânea, e por isso, Carlos Moedas aproveitou o momento para anunciar que vai pedir à ‘Lisboa Cultura’, o novo nome que o autarca quer dar à EGEAC, para criar um museu permanente para o espólio.

“No ano passado comprámos 27 obras, e vamos continuar a comprar. Eu anunciei aqui que vamos ter um museu permanente, um museu em que vamos mostrar estas obras que estão aqui em exposição, mas não será temporário. Vamos torná-lo permanente”, explicou Moedas.

Declarações, na inauguração em que apareceu também o autarca do Porto, Rui Moreira e onde esteve a ministra da Cultura, Dalila Rodrigues que explicou que o ministério está apostado em levar a Coleção de Arte Contemporânea do Estado em itinerância pelo país.

Quanto à exposição “Aquisições. Núcleo de Arte Contemporânea da Câmara Municipal de Lisboa” que vai estar patente até 21 de julho, reflete as compras que a autarquia fez na ARCO nos últimos anos

A curadora, Sara Antónia Matos explicou ao Ensaio Geral, da Renascença, que estão representados “17 artistas e 27 obras”. “São artistas que estão operar no meio artístico contemporâneo em Portugal”, indica a curadora que dá como exemplo alguns nomes: “Adriana Molder, Andreia Santana, António Bolota, Daniela Ângelo, Dayana Lucas, Diana Policarpo e Odete, Gustavo Sumpta, Jorge Molder, Luísa Jacinto, Maria Trabulo, Mariana Caló e Francisco Queimadela, René Tavares, Susana Gaudêncio e Yonamine”.

“São artistas que, no fundo, estão a trabalhar no meio, a produzir as suas obras e que nos mostram um bocadinho o sistema artístico contemporâneo nos seus diversos suportes, desde a pintura, fotografia, instalações de escultura, vídeo, desenho”, sublinha Sara Antónia Matos.

Nas palavras da curadora, a exposição mostra “a diversidade de meios artísticos em que os artistas trabalham e a forma como abordam as linguagens contemporâneas”, destaca apontando o carácter de “diversidade que esta coleção espalha e transmite”.

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