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SOL. "Queremos dar oportunidade a todas as crianças de Lisboa"

20 jul, 2023 - 18:31 • Diogo Camilo , Filipa Ribeiro , Sónia Santos

Nesta clínica, todos os que estudam ou vivem em Lisboa têm consultas de dentista gratuitas até aos 18 anos. O diretor clínico do Serviço Odontopediátrico de Lisboa, André Brandão de Almeida, esteve na Renascença para explicar o projeto da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

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SOL. "Queremos dar oportunidade a todas as crianças de Lisboa"
André Brandão de Almeida é o diretor clínico do SOL, Serviço Odontopediátrico de Lisboa. Foto: Diogo Camilo/RR

Em Portugal há o medo de ir ao dentista. E todos sabemos que ir ao dentista não é barato. Um projeto em Lisboa, o SOL (Serviço Odontopediátrico de Lisboa), combate estes dois medos, oferecendo consultas gratuitas a crianças e jovens até aos 18 anos, que residam ou estudam na capital.

O diretor clínico do SOL, André Brandão de Almeida, esteve à conversa com a Sónia Santos na Renascença para explicar o projeto da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, que tem atualmente 16 mil crianças e já deu mais de 100 mil consultas em menos de quatro anos.

Este despertar para a saúde oral, assim bem cedo, é muito importante para o futuro destes jovens.

Sim e um dos pilares na construção deste serviço foi precisamente esse. Foi dar a oportunidade a todas as crianças da cidade de Lisboa, quer-se que seja um serviço universal, porque é para todas as crianças da cidade de Lisboa até aos 18 anos, independentemente da sua condição económica ou social.

E, sendo para todos, é essa uma das grandes diferenças do serviço, que é dar acesso a cuidados de saúde oral numa área tão lacunar como é a saúde oral no Serviço Nacional de Saúde.

Deveria haver mais oferta de médicos dentistas gratuitos para as crianças?

Deveria haver mais oferta de médicos dentistas a trabalhar no Serviço Nacional de Saúde. E, por essa via, os cuidados serem de custo zero para as famílias. E acho que é um projeto que até está agora a ganhar novo ânimo. A direção executiva do Serviço Nacional de Saúde está a preparar uma remodelação desse programa que permitirá creio que mais pessoas, neste caso não serão só crianças, tenham acesso.

Estamos a falar de 16 mil crianças e jovens, números consideráveis. Tem noção de quantos jovens é que podem ainda cuidar em simultâneo? Têm capacidade para mais? Há lista de espera?

Nós sabemos, através do INE, que existem cerca de 89 mil crianças a residir na cidade até aos 18 anos. Nós já damos resposta a mais de 16 mil. A nossa capacidade esgotará próximo dos 25 ou 26 mil, mas nós temos feito uma média diária de cerca de 175 consultas e dessas 175 consultas, 15 são primeiras vezes.

Todos os dias há uma primeira consulta no SOL. Mas nós não temos 15 novos pedidos por dia, provavelmente teremos 30. Ou seja, estamos a entrar aqui num défice e muito provavelmente também teremos que alargar a resposta com a contratação de mais médicos dentistas, eventualmente da mudança de instalações.

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