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Mário de Carvalho vence Grande Prémio de Literatura Crónica e Dispersos Literários

17 jun, 2020 - 14:01 • Maria João Costa

O livro “O Que Eu Ouvi na Barrica das Maçãs” foi distinguido pelo júri por unanimidade. O prémio, no valor de 12 mil euros, é atribuído pela Associação Portuguesa de Escritores e Câmara de Loulé.

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O escritor português Mário de Carvalho é o vencedor do Grande Prémio de Literatura Crónica e Dispersos Literários, atribuído pela Associação Portuguesa de Escritores e pela Câmara de Loulé.

O prémio, no valor de 12 mil euros, foi-lhe atribuído pelo livro “O Que Eu Ouvi na Barrica das Maçãs”. O júri, que decidiu por unanimidade, explica, em comunicado, que o livro “destaca-se do conjunto das obras apresentadas a concurso pela plena conjugação com a linha característica do género da crónica na tradição literária portuguesa”.

Segundo o júri, constituído por Cândido Oliveira Martins, Carlos Albino Guerreiro e Paula Mendes Coelho, “outras obras a concurso são igualmente de grande mérito, mas estão fora dos parâmetros regulamentares do prémio ou fora das características dos géneros em consideração.”

“O Que Eu Ouvi na Barrica das Maçãs” é uma obra editada pela Porto Editora em Abril de 2019 e é um livro que reúne um conjunto de crónicas que Mário de Carvalho escreveu na imprensa portuguesa, nomeadamente entre 1987 e 1989 no Jornal de Letras e entre 1992 e 1993 e mais tarde, em 1996 no diário Público.

O título da obra que apresenta um conjunto de crónicas pelas as quais o tempo não passou, é uma alusão a uma das frases do famoso livro “A Ilha do Tesouro” de Robert Louis Stevenson

O Grande Prémio de Crónica e Dispersos Literários, instituído pela Associação Portuguesa de Escritores com o patrocínio da Câmara Municipal de Loulé, destina-se a galardoar todos os anos uma obra em português, de autor português, publicada em livro e em primeira edição em Portugal. No passado já distinguiu autores como José Tolentino Mendonça, Rui Cardoso Martins, Mário Cláudio e Pedro Mexia.

Em comunicado, a Porto Editora felicita o escritor Mário de Carvalho pelo prémio. O seu editor, Manuel Alberto Valente afirma: “se é indiscutível ser Mário de Carvalho um dos grandes contistas portugueses, este prémio veio tornar notório que também na crónica se revela o seu prodigioso domínio da escrita e da língua portuguesa”.

A cerimónia de entrega do prémio será anunciada oportunamente, indica a APE em comunicado.

Mário de Carvalho é um autor que além de crónicas, publica contos e ficção. Já recebeu vários prémios, entre eles os Grandes Prémios de Romance, Conto e Teatro da APE, o prémio do Pen Clube e o prémio internacional Pégaso. A sua obra está traduzida em várias línguas. Livros como Os Alferes, A Inaudita Guerra da Avenida Gago Coutinho, Um Deus Passeando pela Brisa da Tarde, O Varandim seguido de Ocaso em Carvangel, A Liberdade de Pátio ou Ronda das Mil Belas em Frol fazem parte da sua biblioteca.

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