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​Diogo Infante. “Apetecia-me imenso fazer comédia” no pós-pandemia

10 fev, 2022 - 06:01 • Maria João Costa

O ator encena e protagoniza a peça “O Amor é Tão Simples”, que estreia esta quinta-feira no Teatro da Trindade, em Lisboa. A comédia escrita por Noël Coward vai estar em cena até 3 de abril e conta também com atores como Patrícia Tavares, Ana Brito e Cunha, João Didelet ou Rita Salema.

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“Apetecia-me poder brincar, rir e proporcionar isso ao público, porque passamos quase dois anos muito complicados”. Quem o diz é o ator Diogo Infante que protagoniza e encena a peça “O Amor é Tão Simples” que estreia quinta-feira no Teatro da Trindade, em Lisboa.

A peça, uma comédia escrita em 1939 por Noël Coward, é quase uma autobiografia do seu autor e conta a história de um ator bem conhecido do público e que tem à sua volta uma legião de fãs, mas onde apesar de estar quase sempre acompanhado por vezes se sente só.

Em entrevista ao Ensaio Geral da Renascença, Diogo Infante confessa: “adoro o teatro em todas as suas dimensões e linguagens, mas nesta altura confesso que me apetecia imenso fazer uma comédia”.

Esta altura a que se refere o ator é a fase pós-pandemia que Diogo Infante deseja que seja “uma fase de transição o mais rápida e normal possível”.

Assumindo que o papel da cultura “é também esse, de entreter, provocar emoções e reflexões”, o encenador espera despertar “um sorriso na cara” do público. Diogo Infante revela nesta entrevista que anda “sempre à procura de bons textos” que sejam desafiadores.

A peça traduzida por Ana Sampaio foi proposta a Diogo Infante por Sandra Faria da Força de Produção que coproduz o espetáculo. É, nas palavras do ator, “o texto mais autobiográfico de Noël Coward onde ele criou esta personagem muito inspirada na sua pessoa, pondo em cena os seus maneirismos, os seus defeitos, todo o lado egocêntrico que tinha”.

A ação passa-se na sala de casa do ator Guilherme de Andrade, na véspera dele partir para África em digressão. As peripécias sucedem-se com um entra e sai de personagens que idolatram o ator.

Em palco está “a capacidade de brincarmos com aquilo que somos”, diz Infante que indica ainda que a peça levanta outras questões como “o confronto histórico entre o teatro dito comercial, e o mais intelectual”.

Nesta comédia romântica há outros temas “muito atuais”, explica o encenador. Diogo Infante conta que “a ideia deste homem que é adorado e idolatrado por tanta gente, tem no fundo uma profunda solidão”. “Essa tragicomédia que o texto encerra, dá-lhe uma dimensão humana muito bonita”, conclui Infante.

Em palco está um “elenco de estrelas”, diz Diogo Infante que admite foram todos “primeiras escolhas”. A contracenar com o ator estão profissionais como Ana Brito e Cunha, João Didelet, Miguel Raposo, Patrícia Tavares, Rita Salema entre outros. São atores que têm um timing de comédia muito apurado”, sublinha Diogo Infante.

Com música original de Filipe Melo e os figurinos de José António Tenente, a peça “O Amor é Tão Simples” vai estar em cena até 3 de abril no Teatro da Trindade, em Lisboa.

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