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Conferência Episcopal reúne-se com vítimas de abusos na Igreja

14 jan, 2024 - 09:10 • Henrique Cunha

Depois de terem sido recebidos pelo Presidente da República, os representantes da Associação Coração Silencioso encontram-se este domingo com os bispos portugueses, em Fátima.

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A presidência da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) reúne-se este domingo, em Fátima, com a Associação Coração Silencioso, que representa vítimas de abusos na Igreja.

O encontro, marcado para as 16h00, foi confirmado pela CEP, no seu comunicado no final da reunião do conselho permanente que decorreu na semana passada.

Na nota, os bispos portugueses avançaram que, "no processo em curso sobre a proteção de menores e adultos vulneráveis na Igreja", a presidência da CEP terá na tarde deste domingo "um encontro de escuta e diálogo com a Associação Coração Silencioso".

D. José Ornelas, presidente da CEP, deixou na sua mensagem de Ano Novo a garantia de que a Igreja está comprometida no acolhimento e defesa das vítimas.

O também bispo de Leiria-Fátima assegurou, ainda, que a Igreja está focada na área da prevenção e formação para que os ambientes eclesiais sejam espaços cada vez mais seguros para todas as crianças.

Os bispos portugueses reafirmam "disponibilidade total" para receber e ajudar as vítimas de abusos.

A propósito do encontro deste domingo à tarde, o bispo de Coimbra e vice-presidente da CEP, D. Virgílio Antunes, garantiu, em entrevista à Renascença e à agência Ecclesia, que a Igreja está no processo de "alma lavada e espírito aberto".

Os representantes da Associação Coração Silencioso foram recebidas, na sexta-feira, pelo Presidente da República.

Marcelo Rebelo de Sousa sugeriu a criação de uma nova comissão tutelada pelo Estado para investigar abusos sexuais, sem a participação da Igreja, à semelhança do que aconteceu em Espanha.

"A sugestão do senhor Presidente foi muito clara: não vamos dizer à Igreja para investigar a Igreja, basicamente foi o que ele nos disse. As comissões que existem têm como patrocínio e como iniciativa a Igreja e o que nós vínhamos aqui sugerir era exatamente", adiantou Cristina Amaral, uma das representantes da associação.

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