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Papa pede "justiça social" para travar avanço da extrema-direita

02 abr, 2023 - 08:15 • Maria João Costa , Ricardo Vieira

Em entrevista a um canal argentino, Francisco diz desconfiar dos “salvadores da pátria” e defende a inocência de Lula da Silva.

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O Papa Francisco mostra-se preocupado com o avanço da extrema-direita em vários pontos do mundo.

Em entrevista ao canal argentino C5N, Francisco diz que é preciso "justiça social" para travar o avanço da extrema-direita.

“Se quiser discutir com um político, um pensador de extrema-direita, fale sobre justiça social, fale horizontalmente”, sublinhou.

O Papa considera que esta ideologia “recompõe-se sempre, é centrípeta, não é centrífuga”, mas não cria para fora "possibilidades de reforma”.

“Se quiser discutir com um político, um pensador de extrema-direita, fale sobre justiça social, fale horizontalmente”, sublinhou.

O Papa criticou ainda que líderes com quatro “divórcios políticos” se apresentem aos cidadãos como “salvadores da pátria”, por considerar que que a filiação política ou religiosa devem ser “uma paixão, que se tem dentro”.

Na entrevista gravada antes de ser internado na Clínica Gemelli, o Papa fala ainda da América Latina.

Sobre o Brasil, refere que o atual Presidente Lula da Silva foi condenado sem provas e que a ex-presidente Dilma Rousseff, que foi destituída do cargo, é uma mulher de "mãos limpas".

O Papa Francisco também abordou o problema dos abusos sexuais na Igreja Católica, para elogiar o empenho do seu antecessor, o Papa Bento XVI.

Bento XVI "lutou até à morte" para que os casos suspeitos fossem investigados e travados, declarou Francisco, sobre o Papa emérito, que morreu a 31 de dezembro de 2022.



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