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“O grande teórico da Igreja”. Peregrinos de Fátima não esquecem Bento XVI

01 jan, 2023 - 21:08 • Teresa Paula Costa

Peregrinos de Fátima reconhecem importância do pensamento do Papa emérito e enaltecem gesto de resignação que consideram “corajoso”.

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Os peregrinos que se deslocam habitualmente ao Santuário de Fátima reconhecem a importância do contributo que Bento XVI deu à Igreja Católica.

Ana, que fez um trabalho sobre Josef Ratzinger para a licenciatura na Universidade Católica Portuguesa ficou admirada com o que descobriu. Em entrevista à Renascença admitiu que ““era uma pessoa extraordinária” e "gostei muito dele”.

A peregrina destaca “uma pessoa de muita oração, muito culto e que enriqueceu muita gente com os seus conhecimentos”. Acrescentou ainda que o maior contributo que Bento XVI deu à Igreja foi a “reflexão sobre tudo o que aprendeu e que o Senhor lhe transmitiu”.

Maria vem de Setúbal e considera que Bento XVI foi “uma figura que vai ficar na memória”, pois “em comparação com os outros Papas foi um bocadinho mais revolucionário”.

“Ele tinha uma maneira diferente de pensar, não sei se por ser alemão, mas tirando o Papa atual, até à sua altura, acho que ele se destacou pela positiva”.

Daniela Franco é brasileira, mas vive em Portugal.

Neste domingo, foi ao Santuário de Fátima e, em declarações à Renascença, disse esperar “que venham novos ares das coisas que ele (Bento XVI) pregava e desejava”, pois reconhece que o Papa emérito tinha grandes qualidades.

“É uma evolução na Igreja que mostra um passo para a frente, de renovação”, concluiu a jovem.

Maria Reis também foi, neste domingo à capelinha das aparições rezar pelo Papa Bento XVI. Residindo em Fátima desde 2013, considera que o Papa emérito fica conhecido na História como “o grande teórico da Igreja”.

“O facto de ter abdicado quando sentiu que já não estava fisicamente capaz foi um grande ato de coragem”, afirmou à Renascença.

Admitindo que “não estava à espera” de tal gesto, Maria considera que o maior contributo de Bento XVI foi o facto de “saber aceitar as próprias falhas e lidar com elas e pedir perdão na altura em que achou que devia pedir.

E deu o exemplo do “testamento espiritual” que Bento XVI deixou e que considera que “de louvar, porque todos somos humanos, todos erramos e eu penso que ele foi a personificação disso, independentemente do cargo que se possa ocupar, como no caso dele, todos erramos e temos de saber lidar com essas falhas e saber pedir perdão quando tem de ser.”


O primeiro Papa Emérito dos últimos 600 anos da história da Igreja esteve em Fátima em outubro de 1996 e maio de 2010.

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