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​Fundação AIS recolhe valor recorde de donativos para apoiar cristãos perseguidos

17 jun, 2022 - 18:04 • Ana Lisboa

O presidente executivo da Ajuda à Igreja que Sofre agradeceu "a generosidade dos benfeitores da instituição".

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A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre obteve "o valor mais alto alguma vez angariado" pela instituição "na sua missão de apoio aos cristãos perseguidos".

Em comunicado, a AIS refere que a nível mundial conseguiu recolher em 2021 um valor recorde de donativos de cerca de 133 milhões de dólares.

Estes números ganham "uma expressão significativa se comparados com os dados obtidos no ano anterior, quase 123 milhões de euros, e tendo em conta as dificuldades económicas provocadas pela pandemia global do Covid19".

Em Portugal também se registou um "valor inédito, com aproximadamente 3 milhões e oitocentos mil euros", sublinha a AIS.

Esta ajuda permitiu "financiar 5298 projetos em 132 países onde a Igreja sofre mais perseguições ou onde a pobreza é mais extrema, o que significou um apoio direto a 1181 dioceses. Ou seja, uma em cada três dioceses em todo o mundo viu acontecer, durante o ano de 2021, algum projeto, alguma iniciativa com a marca da solidariedade da AIS".

Em 2021 a AIS respondeu positivamente a 5298 projetos.

Com 30,7% das ajudas, África foi a região prioritária "o que traduz a situação dramática que se vive em muitos países, principalmente nas regiões onde o terrorismo islâmico está a crescer e os cristãos são vítimas de perseguição e violência, por vezes brutal, como acontece por exemplo em Moçambique, Burkina Faso ou na Nigéria".

Seguiu-se a Ásia, com 22,3 %, a Europa Central e Oriental, com 15,2% e o Médio Oriente com 16,9 por cento. A América Latina recebeu 14,8% da ajuda da Fundação AIS ao longo do ano passado.

O apoio dado à Igreja na Ucrânia "multiplicou-se" desde que a guerra começou no passado dia 24 de Fevereiro.

Mas mesmo em 2021, tal como em anos anteriores, a Ucrânia "foi um dos países que mais beneficiou com o financiamento da AIS" explica o diretor executivo da instituição.

Thomas Heine-Geldern aproveitou para agradecer "a generosidade dos benfeitores da instituição" e salientou que "da Albânia ao Zimbabué, a AIS continua a fazer uma diferença real e duradoura na vida dos cristãos em todo o mundo".

Por seu turno, a diretora do secretariado nacional da Fundação AIS destacou os resultados obtidos no nosso país, o que traduz, diz, "uma generosidade ímpar dos portugueses"

Para Catarina Martins Bettencourt, "os benfeitores portugueses da Fundação AIS voltaram a surpreender. Apesar da crise provocada pela pandemia do Coronavírus, a generosidade dos portugueses para com os cristãos perseguidos e a igreja que sofre em tantos lugares do mundo voltou a falar mais alto".

Em seu entender, não se trata apenas da ajuda material. "Os benfeitores portugueses mostraram por inúmeras vezes que estão de alma e coração com os irmãos mais necessitados, rezando por eles, rezando com eles, mobilizando-se como se viu de forma elucidativa desde fevereiro, quando a guerra começou na Ucrânia, ou antes disso, durante os meses mais duros da pandemia da Covid19".

A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre está presente com secretariados em 23 países tendo, no conjunto, mais de 347 mil benfeitores.

O comunicado recorda que "quase 70% da população mundial não pode exercitar livremente a sua fé. O direito fundamental da liberdade religiosa não é garantido em pelo menos 62 países. Mais de 400 milhões de cristãos vivem em países onde a discriminação e a perseguição são a realidade do dia-a-dia".

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