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Papa saúda libertação de religiosa raptada no Mali

10 out, 2021 - 12:16 • Ângela Roque

Glória Narvaez Argoti, natural da Colômbia, foi raptada em 2017 e o cativeiro prolongou-se por quatro anos, oito meses e dois dias.

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A irmã Glória Argoti foi libertada este sábado, depois de mais de quatro anos de cativeiro. A notícia foi recebida em festa pela família, na Colômbia, e saudada esta manhã pelo Papa Francisco.

“Estamos aqui em Paso, em toda a Colômbia, a celebrar a libertação da minha querida irmã!”, disse à Fundação AIS, Edgar Argoti, depois de saber que Gloria estava já em liberdade e segurança, junto das autoridades da Igreja Católica do Mali.

Agradeceu ainda a ajuda recebida para que a libertação fosse possível. “Ela está livre. Graças a vocês, aos jornalistas, a todo o mundo, também aí em Portugal, pelas vossas orações. Muito obrigado por tudo. É uma notícia muito boa, que nos enche a alma e os corações”, afirmou num contacto telefónico realizado na última noite.

Glória Narvaez Argoti, natural da Colômbia, foi raptada no Mali em 2017, e o cativeiro prolongou-se por quatro anos, oito meses e dois dias.

A religiosa estava com outras três freiras Franciscanas de Maria Imaculada quando, em fevereiro de 2017, foram surpreendidas por homens armados que se apresentaram como jihadistas e tentaram levar a mais nova do grupo, mas a irmã Glória ofereceu-se para ir no seu lugar.

Ao longo destes mais de quatro anos de cativeiro, a religiosa conseguiu comunicar com a família enviando algumas cartas através da Cruz vermelha Internacional. A mais recente foi enviada a 3 de fevereiro deste ano.

O bilhete, manuscrito em espanhol, indicava que se encontrava detida por um “novo grupo”, identificado como “GSIM” - Grupo de Apoio ao Islão e aos Muçulmanos, uma aliança jihadista do Sahel, vinculada à Al-Qaeda. E pedia as orações de todos. “Rezem muito por mim. Espero que Deus me ajude a alcançar a liberdade”.

Este domingo o Papa já se congratulou com esta libertação. Segundo uma nota da sala de imprensa da Santa Sé, este domingo, “ainda antes da celebração da Santa Missa de abertura do Sínodo dos Bispos, o Papa saudou a irmã colombiana Gloria Cecilia Narvaez Argori”.

Também D. Jonas Dembelé, presidente da Conferência Episcopal do Mali, manifestou a “grande alegria para a Igreja do Mali e para a Igreja universal pela libertação da irmã Glória”.

“Temos a certeza que ela passou por momentos difíceis, mas a Deus nada é impossível”, sublinhou o prelado numa mensagem enviada à Fundação Ajuda à Igreja que Sofre.

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