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Freira libertada no Mali depois de mais de quatro anos

10 out, 2021 - 01:24 • Filipe d'Avillez

Chegou-se a presumir que Glória Cecília estava morta, mas um vídeo divulgado em 2019 confirmou o contrário. Chega ao fim um pesadelo que, para esta missionária, começou em fevereiro de 2017.

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Uma freira colombiana que foi raptada por jihadistas há mais de quatro anos foi libertada no sábado, e está agora em segurança junto das autoridades da Igreja Católica daquele país africano.

A irmã Glória Cecília Narváez Argoti estava com outras três freiras Franciscanas de Maria Imaculada quando, em fevereiro de 2017, foram surpreendidas por um grupo de homens armados que se apresentaram como jihadistas e se prepararam para raptar uma das religiosas.

Uma vez que tinham escolhido a mais nova das irmãs para levar consigo, a irmã Gloria Cecilia, que era a mais velha, ofereceu-se para ir no seu lugar.

A falta de informação sobre o seu paradeiro ou estado de saúde levou muitos a presumir que tinha morrido, mas dois anos depois do rapto surgiu um vídeo em que a irmã confirmava estar viva.

Agora, mais de quatro anos e meio depois do dia em que foi levada, Glória foi finalmente libertada.

Os detalhes da sua libertação não foram ainda conhecidos, mas a informação chegou rapidamente à Colômbia, onde foi acolhida com alegria e festejos.

O Mali é um país de maioria islâmica, onde os cristãos não chegam a 3% da população. O Estado tem enfrentado instabilidade ao longo das seis décadas desde a independência, mas a mais recente insurreição começou em 2012 quando um grupo do norte, onde predominam os tuaregues, se revoltou contra o Governo central.

A revolta permitiu a grupos terroristas islâmicos fixarem-se no país com o objetivo de apoiar os tuaregues, mas mesmo quando estes puseram fim à aliança os jihadistas não abandonaram o país. A intervenção internacional de forças da ONU e francesas ajudou a travar o avanço dos grupos armados, mas em contrapartida a instabilidade acabou por se espalhar para outros países da região.

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