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Inclusão, diálogo e refugiados são desafios para primeiro “hackathon” da Santa Sé

21 fev, 2018 - 20:39 • Filipe d'Avillez

Não se assuste, não se trata de pirataria informática. A ideia é reunir jovens de diferentes contextos para pensar em soluções originais para problemas contemporâneos.

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Entre os dias de 8 e 11 de março vai decorrer o primeiro “hackathon” organizado pela Santa Sé, dedicado a temas como a inclusão social, o diálogo inter-religioso e os refugiados e migrantes.

Ao contrário do que se possa pensar, um “hackathon” não envolve “hacking” no sentido de pirataria informática, embora os organizadores da Vhacks admitam que não foi simples convencer todas as autoridades de Roma sobre este facto.

Originalmente um “hackathon” era um encontro de programadores informáticos que, em conjunto, trabalhavam de forma intensiva no sentido de resolver problemas específicos ou para criar soluções informáticas que possam ser postas ao serviço da comunidade.

Neste caso, embora os organizadores sejam leigos e padres com vocação para as áreas da tecnologia, qualquer estudante universitário pode candidatar-se a participar, independentemente da sua área de estudo, e o objetivo passa por encontrar soluções originais para as três áreas já referidas.

“Queremos promover a colaboração através de fronteiras, divisões e histórias, e por isso estamos a convidar pessoas de todo o género de contextos. Estamos a convidar muçulmanos, judeus, oradores da Cisjordânia, queremos promover discussão e colaboração. Os convidados são divididos em equipas muito diversas, que se dedicam a problemas que nos preocupam”, explica Jakub Florkiewicz, um dos organizadores do evento, em entrevista ao site “The Next Web” (TNW).

A iniciativa nasceu quando Florkiewicz se encontrou em Roma com dois padres apaixonados por, e especializados em novas tecnologias. Eric Salobir, um dominicano que fundou o primeiro “think-tank” do Vaticano dedicado à tecnologia, e o padre Philip Larrey, do secretariado da Santa Sé para as Comunicações.

O objectivo, garante o padre Salobir, é tentar colocar os recursos e o conhecimento dos interessados ao serviço do mundo. “Não temos tempo ou recursos para marketing. A ideia é sermos úteis, por isso escolhemos estas questões, para ter impacto”, diz.

A organização tem um site onde é possível consultar todas as informações, incluindo as figuras por detrás da ideia e como se candidatar a participar.

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