31 jan, 2016 - 11:45
Cerca de 4.500 portugueses registados em Newark e Washington, nos Estados Unidos, votam este sábado e domingo nas eleições presidenciais de Portugal, depois do cancelamento no passado fim-de-semana devido a uma tempestade de neve.
Apesar de o seu voto não alterar o resultado da eleição, “o voto de cada pessoa é importante para consolidar a nossa democracia”, defende o director do jornal da comunidade “Luso-Americano”, Luís Pires. “Um voto na semana passada vale o mesmo que um voto esta semana", rematou, em declarações à agência Lusa.
Noutras cidades dos Estados Unidos da América, a votação aconteceu na semana passada, mas apenas 3,5% dos cerca de 7.800 eleitores inscritos compareceram.
"A abstenção é sempre muito alta, por vários motivos. Um deles é a necessidade de um cartão de cidadão actualizado, por exemplo, que muitos não têm. Uma das coisas que melhorariam a abstenção seria o voto electrónico", explica Luís Pires.
José Luís Fernandes, juiz de 1.ª instância na Pensilvânia, tinha conduzido cerca de duas horas desde Filadélfia para votar.
"Vale a pena, claro que sim. É muito importante para a representação da nossa comunidade. Se não votarmos, não podemos mostrar aos políticos em Portugal que existimos e que merecemos a sua atenção", defende.
João Machado, que se mudou para os EUA há 21 anos e ainda viveu em Portugal durante a ditadura, diz que o voto é uma forma de honrar a história do país.
Por cá, no dia 24, Marcelo Rebelo de Sousa conquistou 59% dos votos, seguido por Sampaio da Nóvoa (27%) e Marisa Matias (6%).
Nos EUA, Marcelo Rebelo de Sousa venceu em todas as áreas consulares já contabilizadas, excluindo São Francisco, onde empatou com Sampaio da Nóvoa.
No final do dia de sábado, cerca de duas dezenas de pessoas tinham votado no consulado de Newark. As urnas fecham às 15h00 deste domingo, hora local.