25 nov, 2024 - 18:44 • Tomás Anjinho Chagas
O primeiro-minstro, Luís Montenegro, acredita que o aumento do número de casos de violência doméstica demonstra que há cada vez mais vítimas a denunciar este crime, mas afirma que isso não significa que o crime tenha aumentado.
Foi durante um discurso feito num evento a propósito do dia internacional da erradicação da violência contra as mulheres, que o chefe de Governo classificou a violência doméstica como um "crime de terror" e prometeu todo o empenho do executivo no combate a este crime. Apesar disso, Luís Montenegro considera que o problema "já foi pior".
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"Um dos fenómenos que aconteceu nos últimos anos foi que muita coisa saiu do armário em que estava escondida. Não quero chocar ninguém, mas tenho a consciência que o aumento a que assistimos nos últimos anos não significa um aumento real, significa um aumento do conhecimento. Estou até convencido que a nossa sociedade já foi muito pior desse ponto de vista", afirmou o primeiro-ministro esta segunda-feira ao fim do dia.
Apesar da frase, os dados que foram divulgados neste dia pela PSP mostram um aumento do número de crimes.
No discurso, Luís Montenegro apelidou ainda a violência doméstica como um "crime de terror" por levar as vítimas a viver constantemente com medo e por ser um crime perpetrado continuamente.
O primeiro-ministro pediu ainda que, apesar de a maioria das vítimas serem do sexo feminino, os homens sejam envolvidos para o combate à violência doméstica.