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Eleições na Madeira. PSD vence, mas admite cenário de "geringonça" de esquerda

26 mai, 2024 - 19:23 • Tomás Anjinho Chagas , Ricardo Vieira

Partidos reagem a projeção que dá vitória ao PSD sem maioria absoluta [em atualização].

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Os partidos já reagiram às projeções das eleições antecipadas deste domingo na Madeira, que apontam para uma vitória do PSD sem maioria absoluta.

O PSD vinca que as projeções das eleições deste domingo na Madeira dão uma vitória ao partido, mas admite que pode formar-se uma maioria de esquerda.

Em reação às primeiras projeções, o conselheiro social-democrata, Jorge Carvalho, sublinha o resultado que coloca o PSD como partido mais votado, embora não consiga a maioria absoluta.

Jorge Carvalho assume uma “geringonça” de esquerda como possibilidade, pelo menos até que sejam apurados os resultados finais.

“Essa possibilidade existe, por isso é que vamos aguardar para percebermos qual a definição que o eleitorado madeirense deu e qual a geometria entendeu dar deste ato eleitoral”, sublinhou o também secretário regional da Educação no governo demissionário de Miguel Albuquerque.

O porta-voz do PSD-Madeira sublinha, no entanto, que o PSD é o partido “vencedor” e “há ainda uma maioria significativa à direita”.

"Tudo pode acontecer", diz PS

Pelo PS, Vítor Freitas afirma o intervalo das projeções é muito grande e "tudo pode acontecer: uma maioria à esquerda e pode existir uma maioria à direita".

O socialista considera que não há condições para uma coligação de direita, tendo por base as declarações dos partidos durante a campanha, e abriu as portas a uma "geringonça" de esquerda.

"Quem falou assim para o eleitorado não pode nesta noite eleitoral de dar o dito por não dito e terá que manter a palavra dada. Essa direita disse que não faria uma coligação com o PSD e com Miguel Albuquerque", afirmou Vítor Freitas.

Chega rejeita acordo com o PSD

Francisco Gomes, do Chega, diz que os madeirenses expressaram "um desejo de mudança" e que, "à direita, o único partido que cresce é o Chega".

O mandatário da candidatura do Chega reiterou que “está fora de questão” um acordo pós-eleitoral com o PSD.

“Estava fora de questão no início da campanha, a meio, no fim, e está fora de questão agora, até porque temos os nossos presidentes, quer o nacional, como o regional, como homens de palavra, por isso um acordo com o PSD neste momento não creio que esteja nos planos do Chega”, disse Francisco Gomes.

Pelo CDS, que Luís Miguel Rosa diz que o objetivo era manter um grupo parlamentar, o que deverá acontecer, mas a noite "vai ser longa" e com muitas contas.

"O CDS mantém-se firme na região, junto com o povo e com a sua confiança", salientou Luís Miguel Rosa.

"Coligação do JPP é com os madeirenses"

Miguel Ganança, do Juntos pelo Povo, numa primeira reações às projeções, diz que partido vai aguardar "de forma serena e responsável” pelos resultados finais.

Sobre eventuais futuras coligações, Miguel Ganança sublinha que a "coligação do JPP é com os madeirenses e porto-santenses".

O JPP poderá ser o partido que mais pode crescer nestas eleições.

Segundo a projeção da Católica, 10% a 19% dos votos são do JPP, o que significa que o partido pode eleger entre 7 a dez deputados.

CDU aguarda na eleição de um deputado

Ricardo Lume, candidato da CDU às eleições regionais, reagiu às projeções referindo que estas "são idênticas às de anos anteriores, que davam à CDU a possibilidade de eleger um deputado".

"Vamos aguardar pelo final da noite pela eleição de um deputado da CDU", afirmou.

Edgar Silva deverá ser o único eleito pelo partido.

O PSD vence as eleições deste domingo na Madeira, mas não consegue a maioria absoluta e vai precisar de uma coligação, indica a projeção RTP-Católica avançada após o encerramento das assembleias de voto, pelas 19h00.

O partido liderado por Miguel Albuquerque ganha com um resultado entre 33% e 38%, o equivalente entre 16 a 21 deputados. Para ter maioria absoluta na Madeira são necessários 24 deputados.

O PS fica em segundo lugar, de acordo com esta projeção, e deverá conseguir entre 21% a 25% e entre 11 a 14 deputados.

[em atualização]

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