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André Ventura espera que Costa não tenha sido ouvido por "pressão desajustada"

26 mai, 2024 - 19:32 • Lusa

O presidente do Chega afirmou que "parece que tem de se absolver António Costa de qualquer maneira", "porque ele tem de ir para o Conselho Europeu".

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O presidente do Chega afirmou este domingo esperar que o anterior primeiro-ministro não tenha sido ouvido pelo Ministério Público "por nenhuma pressão desajustada" e considerou que "parece que tem de se absolver António Costa de qualquer maneira".

Em declarações aos jornalistas no Montijo, no distrito de Setúbal, André Ventura criticou também o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, pelas declarações que tem feito sobre a possibilidade de António Costa vir a presidir ao Conselho Europeu e o andamento do processo judicial que o envolve.

Segundo o presidente do Chega, há uma "pressão que todos os dias é feita, nas televisões, nas rádios, no meio político, parece que se tem de absolver António Costa de qualquer maneira, porque ele tem de ir para o Conselho Europeu".

"Pior, agora vemos Marcelo Rebelo de Sousa a entrar nisso também, a dizer que tem de ser rápido, porque ele vai para o Conselho Europeu", acrescentou.

Na sexta-feira, António Costa foi ouvido pelo Ministério Público no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) no âmbito do processo Operação Influencer, sem que tenha sido constituído arguido.

"É normal que António Costa tenha sido ouvido. Espero que não tenha sido por nenhuma pressão desajustada, porque há muitos outros políticos à espera de ser ouvidos noutros processos há mais anos ainda. Portanto, espero que não tenha havido aqui nenhuma pressão do partido [PS] ou do próprio António Costa para isso", afirmou o presidente do Chega, a esse propósito.

André Ventura defendeu "que se dê ao Ministério Público e à polícia as armas para que o processo possa avançar e chegar a uma conclusão, seja de acusação, seja de arquivamento", sem pressão externa.

Questionado sobre a auditoria anunciada pelo ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, aos licenciamentos concedidos por este ministério desde 2015, o presidente do Chega comentou: "Eu acho bem, mas acho que o CDS não pode falar muito sobre essa matéria, porque os responsáveis eram quase todos do CDS, ou muitos deles".

"Esperemos que vá mesmo a todos, não só ao PS ou ao PSD, mas que, independentemente da cor política, saibamos o que andámos a gastar e para quem", acrescentou.

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