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Greve dos professores. Ministro pede serenidade e assegura que vai agir

19 jan, 2023 - 16:48 • Tomás Anjinho Chagas com redação

Chega responsabiliza ministro pela greve dos professores diz que João Costa "é servente" das Finanças.

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O ministro da Educação garante que o Governo está de “boa-fé” nas negociações com os professores e acredita que este é o momento de recuperar a serenidade.

João Costa esteve, esta tarde, no Parlamento a ser ouvido num debate de urgência pedido pelo Chega.

Numa altura de grande contestação, o ministro assegura que vai agir para resolver os problemas. “É tempo de recuperar a serenidade, de continuar a negociar e sobretudo de garantir que após dois anos de pandemia as escolas funcionam com normalidade, para que não tenham um terceiro ano letivo com perdas nas aprendizagens”, afirmou.

João Costa considerou que o Governo continua “em diálogo construtivo, sereno” com os professores, estando comprometido “com a resolução dos problemas”.

Promete ainda acabar com os professores de casa às costas, garantindo que nesta matéria até vai mais longe do que os sindicatos pedem.

Oposição fala num ministro servente e em alterações avulsas

No PSD, a deputada Sónia Ramos acusa João Costa de virar o país contra os docentes. “O Governo usa um tom persecutório contra os professores, amedronta a classe, utiliza os alunos e as famílias como arma de arremesso político contra os professores e toda uma comunidade educativa e alega a ilegalidade das greves.”

Segundo a deputada, “durante sete anos o Governo ignorou os professores” e “não conseguiu resolver nenhum dos problemas do sistema educativo”.

Sónia Ramos traçou o retrato do ensino em Portugal: “Alterações avulsas na política educativa, burocracia crescente, falta de condições de trabalho dos professores”.

Mais à direita, André Ventura acusa o ministro de ser “o servente do ministro das Finanças neste Governo”.

Dirigindo-se ao ministro, o deputado considerou que “não está a negociar, está a fingir que negoceia com os sindicatos e com os professores” e “põe linhas vermelhas antes de entrar na sala”.

Comentários
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  • Digo
    19 jan, 2023 A ti 19:10
    A Entrevista, ou melhor, o comício de propaganda do ministro na TV com um tal de Vítor Gonçalves,uma "espécie" de "manso moderador", até causa asco. Mais uma vez se vê que "um fato encomendado assenta que nem uma luva"... Para bom entendedor ...
  • Para durar
    19 jan, 2023 A greve vai até ao fim do 2 período 18:36
    O governo não está de boa fé, como demonstram as propostas armadilhadas que fez, e a total ausência de negociações sobre assuntos como a recuperação de tempo de serviço, fim das quotas de acesso aos 5º e 7º escalões - aliás já em vigor nos açores e Madeira - etc. Diz António Costa - e consegue dizê-lo sem se rir, o que é espantoso: "Não posso resolver o passado. Mas posso garantir que no futuro não se repetem estas situações"... Ora, ora... ele não garante, é nada. Mais uma fraude, a juntar a tantas outras - como o fim do conselho de diretores que afinal continua para gerir até os professores do Quadro que também passam a saltar de escola para escola. O governo e o ministro estão cheios de falsidades. Mas a classe está atenta e mesmo que os habituais traidores assinem acordos ruinosos, desta vez há pelo menos um sindicato que não vai em grupos e manterá as greves, se necessário. E apoios de professores não faltarão. A Greve está para durar.

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