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Despenalização da eutanásia sem "doença fatal" aprovada na generalidade

09 jun, 2022 - 16:35 • Ricardo Vieira

Parlamento debateu e votou quatro propostas de despenalização da morte medicamente assistida e uma de referendo.

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A despenalização da eutanásia sem "doença fatal" foi aprovada esta quinta-feira no Parlamento.

Quatro diplomas do Partido Socialista, do Bloco de Esquerda, do PAN e da Iniciativa Liberal sobre a eutanásia passam agora à fase de especialidade.

A proposta do PS passou com 128 votos a favor, 88 contra e cinco abstenções.

Votaram contra os grupos parlamentares do PCP e do Chega, 63 deputados do PSD e sete do PS.

Os projetos do Bloco de Esquerda, PAN e Iniciativa Liberal também foram aprovados.

A proposta do Chega para uma referendo sobre a despenalização da morte medicamente assistida foi rejeitada, na Assembleia da República.

Enquanto os deputados debatiam e votavam os quatro projetos de despenalização da eutanásia do PS, BE, PAN e IL e um de referendo do Chega, no exterior do Parlamento dezenas de atividades protestaram em silêncio contra a morte medicamente assistida.

Os projetos sobre a despenalização da eutanásia vão agora ser afinados na especialidade e depois seguem para Belém.

Questionado pelos jornalistas esta quinta-feira, antes da votação do Parlamento, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse apenas que vai esperar pela lei e depois decidir se promulga ou não.

“Eu já mandei para o Tribunal Constitucional uma vez; vetei outra vez. Agora, não conheço a lei, portanto, estão em aberto o caminho que venha a decidir até conhecer a lei”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, em Braga.

“Eu sei que querem à força que eu diga o que é que admito e eu à força digo que vamos esperar pela lei”, acrescentou nas declarações aos jornalistas.

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  • António dos Santos
    09 jun, 2022 Coimbra 18:00
    Há tantos problemas em Portugal para resolver e que esta porcaria de deputados não tentam resolver. Mas pegar num assunto tão melindroso e sério e estão a tratá-lo levianamente. Pois este problema tem a ver com o foro pessoal de cada um. Havendo a figura do REFERENDO e se há assunto em que se deve aplicar é neste. Porque razão os deputados têm medo do referendo e não auscultam os portugueses. Esta atitude faz-me pensar que existem interesses ocultos para esta atitude que na prestigia o Parlamento e os portugueses, pelo contrário, envergonham.

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