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​Marcelo quer melhores condições para as Forças Armadas. Saiba como reagiram os partidos

25 abr, 2022 - 13:17 • Cristina Nascimento com Lusa

PSD espera que aplausos do PS signifique reforço de verbas, socialistas reconhecem que orçamento da Defesa deve crescer.

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O presidente do PSD espera que o PS apoie ou apresente uma proposta de reforço de verbas para a Defesa. Foi o que disse Rui Rio, na reação ao discurso feito pelo Presidente da República na cerimónia do 25 de Abril, no Parlamento.

Marcelo Rebelo de Sousa exigiu melhores condições para as Forças Armadas, um discurso que foi aplaudido pelo PS, lembrou Rui Rio.

"Estou curioso o que significa o facto de o PS ter aplaudido o Presidente da República, ter aplaudido de pé, com entusiasmo, um discurso que reclama um reforço das verbas para as Forças Armadas ", afirmou, em declarações aos jornalistas, depois da Sessão Solene.

Também na reação ao discurso de Marcelo, o líder parlamentar do PS, Eurico Brilhante Dias reconheceu que os socialistas sabem que o orçamento da Defesa deve crescer.

"Sabemos que, no quadro da NATO, o orçamento da Defesa deve paulatinamente crescer para corresponder às obrigações de Portugal no quadro da Aliança Atlântica", afirmou.

Já o líder da Iniciativa Liberal, João Cotrim Figueiredo considerou que o discurso de Marcelo “do ponto de vista tático-político, foi muitíssimo interessante” e que o Presidente da República “está a reforçar que as funções de soberania, aquelas que competem ao Estado - e que os liberais gostam de ver reforçada que compete ao Estado - não podem ser o parente pobre dos orçamentos, não podem ser o parente pobre as escolhas políticas".

A deputada única do PAN, Inês Sousa Real, preferiu elogiar o Presidente da República por ter referido no seu discurso as alterações climáticas, considerando que as Forças Armadas serão cada vez mais chamadas a este desafio.

Já o deputado único do Livre Rui Tavares defendeu que só será possível um reforço da defesa comum na Europa com mais mecanismos de controlo, como no Parlamento Europeu, considerando que este "é um debate difícil de fazer".

Do lado do PCP, o secretário-geral comunista Jerónimo de Sousa considerou a mensagem do Presidente da República “um sublinhado importante”, mas lembrou que se falou “muito em missões no exterior, quando sabemos que a Constituição aponta para um esforço primeiro dedicado para a defesa nacional”.

O líder do Chega, André Ventura, considerou que o Presidente da República deixou um "forte aviso" ao Governo quanto ao investimento nas Forças Armadas e disse esperar que o Governo o possa cumprir "já neste orçamento".

Já para a coordenadora do Bloco de Esquerda Catarina Martins considerou que o 25 de Abril é um dia "absolutamente certo" para o Presidente da República falar das Forças Armadas, destacando o seu papel na Revolução dos Cravos, mas também na "contestação da guerra colonial".

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  • O que realmente
    25 abr, 2022 Vai na tola deles 13:41
    Rui Rio pelo PSD: "como não sabemos fazer oposição, nem ser governo, aliás, não sabemos nada de nada a não ser andar à deriva e falar de como o Porto devia ser a capital deste País, é melhor aproveitar a deixa do Marcelo e fingir que nos interessamos mesmo pelo caso". Eurico Dias pelo PS: "blá-blá-blá-blá. E continuando, blá-blá-blá-blá e para terminar, blá-blá-blá-blá". Cotrim Figueiredo pela IL: "Sim, claro, Marcelo tocou no ponto. É pena é que os donos disto tudo (Ps) não liguem nenhuma nem a ele nem a mim". Inês Sousa Real pelo PAN:" mulheres para cá, mulheres para lá, e Forças Armadas(?) a distribuir chapéus-de-chuva quando chove e bronzeador quando fizer Sol". Rui Tavares pelo "Livre" : "não tenho ideia nenhuma para isto, é melhor largar os lugares-comuns do costume". Jerónimo de Sousa pelo PCP: "Devemos concentrar-nos na defesa da Pátria, exceto claro se houver invasão russa, que aí é abrir as portas e por as bandas a tocar, e deixarmo-nos de enviar, mesmo que sejam insignificâncias, à Ucrânia". André Ventura pelo Chega: " O Presidente tem razão e nós no Chega! já andamos a dizer isso até à mais tempo que o partido existe". Catarina Martins pelo BE: " As saudades que tenho dos tempos em que o BE valia para alguma coisa ..."

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