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Congresso PAN

Próximo OE tem de ser “orçamento de viragem”, diz Inês Sousa Real

05 jun, 2021 - 21:48 • Susana Madureira Martins

Inês Sousa Real anuncia que PAN vai reunir-se com Governo para avaliar execução orçamental de 2021 e condições para próximas negociações

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O próximo Orçamento do Estado tem de mostrar vontade de mudança. É o aviso deixado pela futura líder do PAN, Inês Sousa Real, que aponta linhas vermelhas e desafia o Governo a não se refugiar na lei travão.

“Não podemos continuar a financiar atividades altamente poluentes, atividades que têm depredado não só os ecossistemas, que permitem a exploração de pessoas, que permitem continuar a financiar os interesses do costume, como a banca, e depois invocar a todo o tempo a lei-travão para não garantir apoios sociais a quem mais precisa”, afirmou, em declarações aos jornalistas à margem do Congresso do PAN, que decorre este fim-de-semana em Tomar.

“É evidente que terá de ser um orçamento de viragem”, avisa a futura líder do PAN, candidata única neste congresso.

Antes de negociar o próximo Orçamento, contudo, Inês Sousa Real desafia o governo a cumprir a execução orçamental do OE para 2021 que o PAN ajudou a viabilizar e que não estará a ser integralmente cumprido. A atual líder parlamentar recupera mesmo uma frase do primeiro ministro - palavra dada é palavra honrada - para desafiar o governo cumprir os compromissos que foram assumidos nas negociações com o PAN.

“Há linhas vermelhas quer para nós são essenciais desde logo a execução das medidas do Orçamento do Estado, ou seja, palavra dada é palavra honrada. A força do Parlamento tem de ser respeitada, se existem medidas aprovadas pela Assembleia da República o governo tem de as cumprir”, acusa Sousa Real, anunciando para “breve” uma reunião de avaliação com o Governo, à semelhança do que tem vindo a ser feito pelo PCP.

“Há matérias que não estão a ser executadas, não estão a ser cumpridas. vamos em breve ter uma reunião para fazer o ponto de situação da execução dessas medidas e esperamos que o Governo saiba cumprir com o que é a vontade da Assembleia da República”, prossegue a dirigente que, tal como de resto já fez o PCP, condiciona as negociações do próximo Orçamento do Estado à execução do Orçamento de 2021.

“Temos plena consciência que este não é um Orçamento qualquer, o que significa que deve ser amplamente participado por todas as forças políticas. O PAN não se furtará a fazer esse debate”, diz Inês Sousa Real sobre o OE para 2022. De futuro, admite negociar quer com governos do PS quer do PSD, mas nunca com forças políticas antidemocráticas, deixando implicitamente de fora o Chega.

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