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Congresso do PAN

Inês Sousa Real quer proteção dos animais e da natureza na Constituição

05 jun, 2021 - 17:49 • Susana Madureira Martins

Futura líder do PAN reconhece momentos menos felizes na vida interna do partido e apela à união.

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Inês Sousa Real, a líder parlamentar do PAN-Pessoas Animais e Natureza, quer alterar a Constituição para que fique garantida a proteção da vida animal. A candidata única à liderança do PAN já falou ao congresso que está a decorrer em Tomar e, na apresentação da moção de estratégia acusou o Estado de falhar redondamente em relação ao bem-estar dos animais.

“Nesta moção prevemos expressamente que iremos defender e lutar para que esteja previsto na nossa lei fundamental o reconhecimento do dever do Estado na Constituição da República Portuguesa em proteger a vida animal, em reconhecer o seu valor intrínseco e o direito a uma vida condigna, bem assim como o reconhecimento da natureza em si”, afirmou Inês Sousa Real na apresentação da moção de estratégia global.

Depois de uma manhã de debate tenso e com troca de acusações entre delegados sobre falta de democracia interna ou de perseguição de militantes através da alteração de estatutos, Inês Sousa Real subiu à tribuna para garantir que a partir deste domingo, quando for eleita líder do PAN, a ordem é para unir e dialogar.

“Esta moção pretende acima de tudo, naquilo que é a vida interna do partido e tendo presente a elevada responsabilidade que cabe ao PAN no panorama político português, garantir não só o reforço da união, da participação, do debate e estarmos focados e em conjunto trabalharmos para este grande objetivo que é mudarmos a nossa sociedade, transformando-a numa sociedade mais empática, de maior justiça e de mais valor”, afirmou a futura líder do PAN, que assumiu que o partido tem sido marcado por momentos menos felizes.

“Pretendemos ainda reforçar a participação interna das diversas estruturas, a pluralidade de opiniões, o debate sobre as questões fundamentais e sobre as posições a assumir nos diversos momentos-chave do futuro e do presente do nosso país. Com a moção que apresentamos ao Congresso pretendemos adequar as estruturas internas do partido ao seu crescimento. O PAN de hoje não é, felizmente, o PAN de há dez anos. A nossa história é feita de crescimento, é feita de conquistas é feita também de alguns dissabores e de alguns momentos menos felizes, mas acima de tudo é feita de valores “, disse Inês Sousa Real.

Na última sessão legislativa o PAN retirou a confiança política a uma deputada, Cristina Rodrigues, e a um eurodeputado, Francisco Guerreiro, por divergências profundas com a direção nacional. A futura líder está agora aberta à pluralidade de ideias.

A lista de Inês Sousa Real para a liderança do partido será votada este domingo de manhã.

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  • José J C Cruz Pinto
    06 jun, 2021 ILHAVO 05:51
    Há assim tanta falta de senso e de leis? [E o direito de voto? Sem ele, não será sempre, objectivamente, uma ditadura humana sobre os animais, ... ainda que passe a ser ser obrigatório reservar uns tantos lugares no Parlamento para o PAN? E o Tribunal Constitucional? Vai - pelo menos - também ter de incluir um ou mais representantes do PAN, talvez até com direito de veto?

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