Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

Eutanásia. ​PSD admite liberdade de voto

21 abr, 2016 - 13:30

Petição com cerca de oito mil assinatura a favor da despenalização da eutanásia entra no Parlamento a 26 de Abril.

A+ / A-

O líder da bancada do PSD, Luís Montenegro, admite que os deputados social-democratas podem vir a gozar de liberdade de voto em matérias relacionadas com a eutanásia.

Questionado pela Renascença, no fim da reunião do grupo parlamentar, Montenegro revelou que o tema não foi tema de discussão no encontro e que, por isso, não há nenhuma decisão tomada, mas reconheceu que a matéria “interpela aquilo que são as convicções pessoais e de consciência de cada um dos deputados”.

Luís Montenegro falava a propósito da petição que pede a despenalização da eutanásia que vai dar entrada na Assembleia da República, no dia 26 de Abril.

A petição tem já mais de oito mil assinaturas, o que obriga a discussão no plenário da Assembleia.

“Achamos que é uma questão importante e que naturalmente merecerá uma apreciação por parte do Parlamento, depois de chegada da petição”, disse ainda Montenegro.

Para além da discussão que esta petição terá de gerar na Assembleia da República, o Bloco de Esquerda já prometeu apresentar um projecto de lei de igual teor.

​Bloco quer levar eutanásia a votos no Parlamento
​Bloco quer levar eutanásia a votos no Parlamento, disse Catarina Martins em entrevista à Renascença

No inicio do mês de Abril os bispos portugueses voltaram a rejeitar a legalização da eutanásia. Os bispos defendem a “total rejeição da eutanásia, que elimina a vida de uma pessoa, matando-a. A Igreja nunca deixará de defender a vida como bem absoluto para o homem, rejeitando todas as formas de cultura de morte”.

Tópicos
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Bento Fidalgo
    21 abr, 2016 Agualva 19:47
    Faz-me lembrar aquela pessoa tão boazinha que, ao sair da missa, dizia muito triste: Então já não há pobrezinhos para dar esmola? Assim como penso dos doentes: Então já não há sofredores para demonstrar a minha bondade? No entanto, banalizar a morte também não será o ideal, nem banalizar o sofrimento daqueles que, em pleno uso das suas capacidades mentais, o sentem e sofrem só para gaudio mórbido daqueles que o observam no seu santo dó. Se o doente terminal quer morrer, ele é que manda no seu corpo, assim como a mulher que faz um aborto, essa sim, manda no seu corpo mas, não sabe a vontade do feto,
  • João Lopes
    21 abr, 2016 Viseu 16:22
    Há umas palavras de João Paulo II, que fazem parte do Património Cultural da Humanidade e que são perenes: «Reivindicar o direito ao aborto, ao infanticídio, à eutanásia, e reconhecê-lo legalmente, equivale a atribuir à liberdade humana um significado perverso e iníquo: o significado de um poder absoluto sobre os outros e contra os outros. Mas isto é a morte da verdadeira liberdade».
  • Alberto
    21 abr, 2016 Funchal 14:46
    Na Petição acrescentem duas perguntas: se pensa que a Eutanásia se aplique a si próprio, porque não se suicida?; se pensa que seria para aplicar noutro(s), quem quer matar?

Destaques V+