21 out, 2024 - 09:37 • Hugo Monteiro , Olímpia Mairos
Poderá ser curto. É a reação dos colégios privados à promessa de Luís Montenegro de avançar com novos contratos de associação no ensino pré-escolar.
No congresso do PSD, o primeiro-ministro sublinhou ser uma medida que olha para os interesses das crianças e não para bloqueios ideológicos.
Num primeiro comentário, Rodrigo Queiroz e Melo, da Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo, lamenta que os novos contratos fiquem apenas pelo pré-escolar.
“Isto faz sentido é dentro de todo um projeto educativo e, portanto, desligar o pré-escolar do primeiro e segundo ciclo não nos parece a melhor opção”, diz Queiroz e Melo.
Na visão do responsável “não faz sentido uma criança começar o seu percurso, está os 2 a 3 anos de pré-escolar, e depois ter que mudar para outro sítio qualquer, apenas não havendo continuidade pedagógica e, portanto, é preciso ver o detalhe, mas parece-nos curto interromper projetos após o pré-escolar”.
Apesar das críticas, Rodrigo Queiroz e Melo diz ser positiva a promessa de novos contratos - sem “cegueira ideológica”. Contudo, alerta que estes novos contratos terão de ser plurianuais para serem eficazes.
“Nós vimos como muito positivo o deixar de haver esta cegueira ideológica público/privado na educação. Qualquer solução desta natureza terá de ser uma solução que preveja uma duração plurianual razoável, uma vez que não faz nenhum sentido criar instabilidade: havendo no futuro uma mudança política, de repente, o que era já deixa de ser”, remata.