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JMJ. Greves e protestos continuam a ameaçar maior evento religioso

19 jul, 2023 - 16:55 • Teresa Paula Costa

Apenas um sindicato desconvocou aviso de greve. Mantém-se dúvida se outros setores darão resposta à presença de um milhão de pessoas em Lisboa e Loures.

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A menos de duas semanas do início da Jornada Mundial da Juventude, ainda não se sabe se vários setores da sociedade vão conseguir dar o apoio necessário no evento, pois a maioria dos sindicatos mantém as greves anunciadas para esse período do ano.

O Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (Sindepor) decidiu manter a greve marcada para 1 a 4 de agosto na Área Metropolitana de Lisboa, depois da negociação desta quarta-feira com o Governo ter sido “inconclusiva”.

O Sindepor pretende a revisão da carreira, a compensação do desgaste, da penosidade e do risco da profissão em termos de idade para a reforma e a alteração da avaliação de desempenho dos enfermeiros.


O cenário pode vir, no entanto, a mudar nos próximos dias, pois ficou assumido que as duas partes vão voltar a reunir-se, mas ainda sem data definida.

Esta paralisação dos enfermeiros vai abranger os 18 concelhos da Área Metropolitana de Lisboa e decorrerá entre as 00h00 do dia 1 e as 24h00 do dia 4 de agosto.

Da parte das Forças de Segurança também não há notícias de que tenha havido um recuo nos protestos agendados pela PSP, GNR, ASAE, Polícia Marítima e Guarda Prisional, para os aeroportos de Lisboa, Porto e Faro, a partir de 24 de julho e durante a JMJ.

"Vamos estar em vários locais, nos aeroportos do Porto, Lisboa e Faro, no Porto Marítimo de Lisboa, na Gare do Oriente, e em algumas fronteiras também vamos estar concentrados a distribuir panfletos e a falar com as pessoas, para passar a nossa mensagem", explicou César Nogueira, que adiantou que em causa estão "os vencimentos, os subsistemas de saúde, a falta de efetivos e as condições de trabalho".

Também a Associação Sindical dos Profissionais da PSP e o Sindicato Nacional da Polícia tinham já anunciado protestos para o período da JMJ, apesar da garantia do ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, de "condições de dignidade" para os polícias envolvidos.

Entretanto, não há notícias de que o sindicato que representa os revisores e trabalhadores das bilheteiras da CP tenha alterado a greve marcada até 6 de agosto.


Da mesma forma, os sindicatos Simamevip, Sindav, Sitava e STHA convocaram uma greve total na Portway a 30 e 31 de julho e 5 e 6 de agosto e uma greve ao trabalho suplementar e em dia feriado. Como a Portway e os sindicatos não chegaram a acordo na reunião da última segunda-feira, as estruturas vão manter a greve na empresa de "handling".

Também o Sindicato dos Trabalhadores e Aviação (Sitava) confirmou à Lusa que vai manter a paralisação, assim como o STAMA marcou greve ao trabalho suplementar ou extraordinário a partir de 24 de julho.

Cantoneiros de Lisboa desmobilizaram

Já os trabalhadores dos resíduos sólidos e urbanos de Lisboa desconvocaram nesta quarta-feira a greve que tinham marcado para os dias da Jornada Mundial da Juventude, depois de terem chegado a acordo com a Câmara Municipal.


A paralisação tinha sido convocada no início do mês pelo Sindicato Nacional dos Motoristas e Outros Trabalhadores (SNMOT) para os dias 1 a 6 de agosto, abrangendo sobretudo motoristas e cantoneiros, trabalhadores afetos à remoção de resíduos do município de Lisboa.

A Jornada Mundial da Juventude vai ser o maior evento religioso no país, com a previsão de participação de cerca de um milhão de jovens de todo o mundo.

As principais cerimónias terão lugar no Parque Eduardo VII e no Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, na margem ribeirinha do Tejo, em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures.

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