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​Ministro da Administração Interna desconhecia fecho de esquadras no Porto

25 jul, 2022 - 14:04 • Maria João Costa , Cristina Nascimento

Governo promete mais operacionais na rua, mas não se compromete com datas. José Luis Carneiro admite ainda transferir algumas funções mais burocráticas para as juntas de freguesia ou lojas do cidadão.

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O ministro da Administração Interna, José Luis Carneiro, desconhecia que pelo menos duas esquadras do Porto estiveram encerradas ao público durante algumas horas no fim de semana.

Em declarações aos jornalistas esta segunda-feira, o governante esclareceu que “não foi informado dessa decisão”.

Apesar de não ter sabido antecipadamente do fecho das esquadras, José Luís Carneiro explicou que “o Comando Metropolitano do Porto teve de tomar uma decisão: ter patrulha ou ter a esquadra e optou por ter patrulha, porque a patrulha é aquilo que se movimenta para a cidade e para onde as pessoas necessitam”.

José Luís Carneiro disse ainda que já falou sobre o assunto com o presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, que criticou o encerramento.

“Tenho hoje uma reunião com o [Comando Metropolitano] Porto, tive oportunidade de conversar com o senhor presidente da Câmara Municipal do Porto”, disse José Luis Carneiro.

O ministro falava aos jornalistas depois de quase duas horas de reunião com o Comando Metropolitano de Lisboa, no mesmo dia em que o conselho municipal de segurança reúne-se de emergência, após a morte de um homem na madrugada de sábado, à porta de uma discoteca, no Parque das Nações.

Governo promete mais polícias

José Luís Carneiro prometeu um reforço de 900 novos elementos da polícia, mas sem se comprometer com datas.

O ministro aludiu ainda a um investimento de 600 milhões de euros para requalificação de esquadras e aquisição de equipamento policial.

“Durante o mês de agosto será aprovado esse plano que andará na ordem dos 600 milhões de euros de investimento na requalificação de infraestruturas, na aquisição de equipamentos, nomeadamente equipamentos de proteção policial porque sentimos que hoje as operações especiais exigem mais dos polícias porque há maior resistência ao próprio exercício da autoridade”.

José Luis Carneiro admite ainda transferir algumas funções mais burocráticas para as juntas de freguesia ou lojas do cidadão.

"Há um conjunto de participações que hoje são feitas exclusivamente nas esquadras e que podem ser feitas nas lojas do cidadão, juntas de freguesias, porque tem outro nível de proximidade com o cidadão. Isto permite cumprir aquilo que as pessoas querem que é mais polícias na rua", disse José Luís Carneiro, dando como exemplo casos de perda de documentos ou sinalização de animais de estimação perdidos.

O governante sustentou que a população quer “ver patrulhamentos na rua”.

“Temos uma nova abordagem para garantir maior policiamento e dar mais segurança às pessoas e mais sentimento de segurança. Para isso temos de libertar muitos operacionais que temos hoje dentro das esquadras, sublinhou sem admitir se vai ou não encerrar instalações policiais.

Segundo o ministro, são necessários 12 polícias para se ter uma esquadra em funcionamento, mas há muitas funções que podem ser feitas em outros serviços da própria administração.

Nesse sentido, admitiu “uma reorganização dos termos em que o dispositivo policial faz o atendimento”, uma vez que “absorve recursos policiais” que podem ser desenvolvidos em ouras estruturas.

[notícia atualizada às 15h37]

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