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MAI admite que uso do SIRESP "tem de ser melhorado"

31 jul, 2022 - 14:14 • Redação

José Luís Carneiro sinaliza que a utilização prolongada da rede impede a "entrada de outros operadores" no serviço.

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O ministro da Administração Interna voltou a recusar falhas no Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP) durante o combate aos fogos de Leiria, mas reconhece existirem aspetos que devem ser melhorados por forma a contrariar as dificuldades sentidas no terreno.

“A rede enquanto tal funcionou. Teve constrangimentos, ou seja, momentos de pico de utilização. Contudo detetou-se que é necessário aperfeiçoar a formação daqueles que a utilizam. Portanto, tem que ser desenvolvida mais formação para o bom uso da rede", disse José Luís Carneiro durante uma visita aos Bombeiros Voluntários de Pedrógão Grande.

“Tem sido identificado que tem havido, por vezes, um uso que tem de ser melhorado, nomeadamente o uso por tempo muito demorado da rede, isso cria obstáculos à entrada de outros operadores” acrescentou.

Segundo o governante, os operacionais presentes nos incêndios de Leiria usaram os telemóveis pessoais por iniciativa própria, num esforço para corresponder às solicitações com que estavam a ser confrontados. Lembrou que, mesmo assim, há alternativas para as comunicações no atual cenário dos incêndios rurais.

“Fundamentalmente, todos concorrem para o mesmo objetivo, que é garantirmos uma rede de comunicações segura e resiliente e é isso que tem vindo a ser feito, em conjugação de esforços, entre todas as entidades”, sublinhou.

O ministro que revelou ainda que ao final do dia o Governo voltará a reunir com Proteção Civil e Instituto do Mar e da Atmosfera para avaliar uma eventual subida do nível de alerta.

Na sexta-feira, após a denúncia da Renascença, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) esclareceu que a rede de comunicações SIRESP teve “constrangimentos pontuais” durante os incêndios em Leiria, mas que foram “colmatados” rapidamente.

"No período temporal em que ocorreram três incêndios de grande dimensão no distrito de Leiria, foram reportados à ANEPC constrangimentos pontuais na rede SIRESP, motivados por uma sobrecarga da rede devido a uma deficiente utilização da mesma, e não associados a qualquer problema da estrutura da rede”", podia ler-se.

Depois, a secretária de Estado da Proteção Civil veio garantir não ter havido falhas no Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP) durante os incêndios de julho em Leiria. Patrícia Gaspar falou de uma má utilização dos meios.

Em resposta, os operacionais afirmam que “não houve mau uso, o SIRESP falhou”.

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