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Greve dos enfermeiros. Dia difícil nos centros de saúde da ARS de Lisboa e Vale do Tejo

07 jul, 2022 - 08:10 • Filipa Ribeiro , Olímpia Mairos

Os profissionais de saúde exigem uma valorização salarial e a admissão de mais enfermeiros, nomeadamente a vinculação efetiva dos enfermeiros com contratos precários.

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Os enfermeiros dos cuidados primários da ARS de Lisboa e Vale do Tejo estão em greve, esta quinta-feira, para mostrarem o desagrado com a não renovação com cerca de 150 enfermeiros contratados durante a pandemia.

À Renascença, Rui Marroni do Sindicato de Enfermeiros Portugueses alerta que os utentes não vão conseguir ser atendidos durante o dia.

“Provavelmente não haverá enfermeiros para prestar cuidados”, diz o sindicalista, aconselhando os utentes a recorrerem “noutro dia, no dia seguinte, na sexta-feira, ao centro de saúde, à unidade em que está integrado para efetuar os tratamentos”.

“Naturalmente que no dia de luta, os enfermeiros não têm que estar nos locais de trabalho. É um dia de greve”, sublinha o sindicalista, acrescentando que é esperada uma adesão de 100% à greve.

Os enfermeiros da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) exigem uma valorização salarial e a admissão de mais profissionais, nomeadamente a vinculação efetiva dos enfermeiros com contratos precários.

De acordo com o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), os profissionais de saúde vão concentrar-se às 11h30, em frente à sede da ARSLVT, que acusam de inação, um mês após uma denúncia pública pelo sindicato de vários “problemas e injustiças”, entre as quais a “inadmissível situação precária de cerca de 150 enfermeiros contratados, no contexto da pandemia [de Covid-19], e que ficam fora das 152 vagas do concurso para vinculação”.

Entre os motivos que levam a esta greve está a exigência de “vinculação efetiva/definitiva de todos os enfermeiros com contratos precários” e a admissão de mais enfermeiros, de acordo com as necessidades assistenciais.

Os enfermeiros pretendem também a consolidação dos profissionais em situação de mobilidade, a manutenção das 35 horas semanais em todas as unidades funcionais, a constituição de listas de utentes por enfermeiro de família, a contabilização de pontos e correspondentes reposicionamentos remuneratórios, a transição de todos os enfermeiros especialistas e em gestão para as respetivas categorias e ainda a admissão de outros profissionais, nomeadamente para condução de viaturas e remoção de resíduos contaminados.

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