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Falta de médicos. O que se sabe até agora?

13 jun, 2022 - 09:03 • Miguel Coelho

O fim de semana foi complicado em muitas unidades de saúde, umas porque tiveram as urgências encerradas, outras porque tiveram de receber mais doentes e grávidas na sequência desses encerramentos.

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Depois de um fim de semana com falta de médicos em muitos hospitais, a ministra da Saúde marcou para esta segunda-feira várias reuniões de emergência com responsáveis do setor.

Quem se vai encontrar com Marta Temido?

A ministra vai reunir-se com responsáveis da Autoridade de Saúde Regional de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), clínicos e Ordem dos Médicos. Os encontros vão começar nesta segunda-feira de manhã, devendo o Governo falar à comunicação social ao final da tarde.

Além disso, Marta Temido vai ser ouvida no Parlamento com caráter de urgência.

Mas o que está na origem deste problema em concreto? Porque é que este fim de semana prolongado acabou por gerar esta situação de rutura?

A situação ganhou maior visibilidade depois de, na madrugada de quarta para quinta-feira (de dia 8 para 9) um bebé ter morrido no hospital das Caldas da Rainha, onde as urgências de obstetrícia se encontravam encerradas.

A mulher ainda terá sido submetida a uma cesariana de urgência, mas a criança acabou por morrer. O caso está a ser investigado pela Inspeção-Geral das Atividades em Saúde.

Na sequência deste caso, começou a perceber-se que o problema da falta de médicos em vários serviços de urgência era generalizado a diversos hospitais, sendo a ginecologia e obstetrícia um dos serviços mais afetados.

É só na Grande Lisboa?

Não. Ao longo do fim de semana, houve sucessivos hospitais da Área Metropolitana de Lisboa a anunciar constrangimentos, mas também os hospitais de Braga, Santarém e Algarve, entre outros, anunciaram encerramentos temporários em obstetrícia – e, também em cirurgia, ortopedia e pediatria.

Há alguma razão especial para que tenhamos chegado a esta gravidade?

Pelo que se percebe, há médicos que meteram dias de descanso ou baixas. O próprio Presidente da República, ao ser questionado sobre o assunto, disse que teve origem na fadiga provocada pela pandemia nos últimos dois anos.

Haverá também outros médicos de baixa por estarem infetados com Covid-19, o que impossibilitou em muitos casos realização das escalas de urgência. Mas Marcelo Rebelo de Sousa também salientou a importância de prevenir para o futuro.

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