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DGS responde a Marcelo

Vacinados com contactos de risco mantêm quarentena, mas norma pode ser revista

30 jun, 2021 - 23:05 • Pedro Filipe Silva , André Rodrigues

Esclarecimento remetido à Renascença surgiu na sequência do pedido de explicações do Presidente da República sobre o facto de o primeiro-ministro ter sido sujeito a quarentena, mesmo estando vacinado, depois de um elemento do seu gabinete ter testado positivo à Covid-19.

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A Direção-Geral da Saúde (DGS) admite rever a norma que obriga os contactos com casos de infeção por Covid-19 a cumprirem isolamento profilático, mesmo nos casos em que o esquema vacinal já esteja completo.

O esclarecimento foi feito esta quarta-feira à Renascença, na sequência do pedido de explicações do Presidente da República que questionou o facto de o primeiro-ministro, António Costa, que já tomou as duas doses da vacina, ter sido colocado em quarentena, depois de um elemento do seu gabinete ter testado positivo ao novo coronavírus.

Em declarações esta quarta-feira, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que é preciso explicar aos portugueses "porque é que uma pessoa, apesar de vacinada há mais de um mês com um certificado que lhe permite andar pela Europa e pelo mundo, sair do território português, no entanto está sujeita à mesma obrigação de quarentena ou de isolamento profilático durante dez dias que uma pessoa não vacinada ou só com uma dose de vacina".

"Tem de se explicar bem, para que não apareça como uma desvalorização da vacina", reforçou.

Marcelo Rebelo de Sousa defendeu essa explicação "cabe às autoridades sanitárias" e deve ser feita publicamente: "Se for um português vacinado há mais de um mês com a vacinação completa, aí tem de se explicar ao próprio e à família porquê. Aqui, como é um primeiro-ministro, penso que é importante explicar aos portugueses porquê".

Na resposta ao Presidente da República, a DGS remeteu, a pedido da Renascença, uma nota em que esclarece que “esta matéria encontra-se presentemente em discussão e poderá ser atualizada com base na evolução da evidência científica e se a situação epidemiológica assim o suportar”.

No entanto, “pelo princípio da precaução em Saúde Pública, no atual momento epidemiológico”, a autoridade nacional de saúde mantém, por agora, as regras tal como estão e “as pessoas vacinadas são abordadas, no que diz respeito ao isolamento e testagem, respetivamente, da mesma forma que as pessoas não vacinadas”, pode ler-se.

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