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Alunos do básico e secundário chumbaram menos

11 jan, 2018 - 18:31 • Elsa Araújo Rodrigues

No último ano lectivo, os alunos conseguiram acabar o 9.º ano e o 12.º com menos chumbos no currículo.

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No último ano lectivo, mais alunos do 3.º ciclo do ensino básico e do secundário conseguiram chegar ao fim sem chumbar e com notas positivas nos exames nacionais do 9.º e 12.º ano.

Os dados foram divulgados esta tarde pelo Ministério da Educação e mostram que há cada vez mais alunos a conseguir concluir os dois ciclos com um "percurso directo de sucesso". Este indicador foi introduzido o ano passado pela tutela e analisa o percurso escolar dos alunos ao longo dos últimos três anos lectivos.

A avaliação do desempenho dos alunos ao longo dos anos que passam na escola, valoriza mais evolução dos estudante do que os resultados pontuais nos exames nacionais. Para o secretário de Estado da Educação, João Costa, a avaliação do "percurso directo de sucesso" é uma forma mais "aprofundada e menos simplista" de comparar escolas.

Os actuais rankings das escolas listam os estabelecimentos de ensino com base nas notas dos alunos, sem dados objectivos sobre a real progressão dos estudantes. Na prática, isto significa que as escolas com os alunos com melhores notas finais podem não ser as que fazem um melhor trabalho de continuidade.

Para o secretário de Estado da Educação, João Costa, este indicador permite identificar as "más práticas educativas", como as das escolas que "chutam alunos para fora porque não estão a ter bons resultados, porque vão manchar a estatística no final" ou que "forçam os alunos a mudar de percurso formativo porque assim não chegam ao exame".

A avaliação do percurso dos alunos ao longo do tempo, também já começa a servir para "penalizar as escolas que seleccionam alunos à entrada", frisou João Costa na apresentação.

"Uma escola não é boa apenas pelos resultados absolutos. Uma escola é boa pelo percurso que permite que os alunos façam", resumiu o secretário de Estado da Educação.

Mais sucesso, mas não para todos

No ano lectivo de 2016/2017, 46% dos alunos que concluíram o 9.º ano tiveram positiva no exame nacional e não chumbaram (ou seja, passaram sempre de ano no 7.º, 8.º e 9.º). No entanto, o sucesso não foi igual para todos. Há mais raparigas com "percursos escolares de sucesso" (51%) do que rapazes (41%).

A percentagem de alunos de famílias mais favorecidas com percursos de sucesso permanece mais elevada. Mais de metade dos alunos sem apoio social escolar (54%) conseguiu terminar o 3.º ciclo sem chumbos. Apenas 22% dos alunos com escalão A (considerados os mais carenciados) fez o mesmo percurso sem chumbar. Do escalão B foram 24%.

Dos alunos que chegaram ao fim do ensino secundário (12.º ano), 42% tiveram um "percurso escolar de sucesso" - sem chumbos do 10.º ao 12.º e com positiva nos exames nacionais. As raparigas tiveram um desempenho superior: 47% de taxa de sucesso contra 37% dos rapazes.

Sem surpresa, os alunos oriundos de meio sociais com mais recursos também tiveram mais sucesso no percurso do ensino secundário: 44%. Do escalão B, pouco mais de um terço dos alunos conseguiu terminar o secundário sem chumbar (35%). A taxa baixa ainda mais no caso dos alunos do escalão A, com 28% dos alunos com um "percurso escolar de sucesso".

Resultados melhores reflectem exames nacionais

A melhoria dos resultados dos alunos foi caracterizada pelo secretário de Estado da Educação, João Costa, como "ligeira subida" e reforçou que é "preciso olhar para os dados com alguma calma". Até porque "as variações a dois anos, quando falamos de educação, têm sempre um peso relativo" reforçou o responsável da tutela.

Outra razão que ajuda a explicar o melhor desempenho do percurso dos alunos é a subida das notas registada nos exames nacionais.

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  • Toninho Marreco
    11 jan, 2018 Ponte do Lima 23:06
    Pois claro cada vez se facilita mais a escola e ninguém aprende nada . Que manda nas escolas são os arruaceiros e os ....anos . Os professores se não se portam bem levam porrada ou furam-se-lhes os pneus dos carros ou são riscados os mesmos carros . Sai-se das faculdades sem saber escrever .Todos os dias se vê nas televisões verdadeiras aberrações que confirmam o que acabo de escrever . Como escrever , por exemplo : 3,356.43 quando se pretende escrever três mil trezentos e cinquenta e seis euros e quarenta e três cêntimos . Isto escrito por um individuo com formação académica de nível superior. Enfim , é assim o ensino que temos .
  • FACILITISMO DO ME
    11 jan, 2018 Lx 19:45
    Pois andam a passar alunos com mais de 4 negativas. É para as estatísticas do socialismo ...Uma vergonha.Nem ler nem escrever sabem mas passam-nos por ordem do Ministério da Deseducação dos kamaradas Nogueira e Brandão...

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