04 fev, 2025 - 13:00 • Daniela Espírito Santo
Pelo menos dez pessoas terão sido mortas num tiroteio numa escola na Suécia, segundo o mais recente balanço das autoridades locais.
O incidente, apelidado pela polícia como um "ataque letal", aconteceu esta terça-feira numa escola para adultos em Örebro, a cerca de 200 quilómetros de Estocolmo.
Várias pessoas foram transportadas para o hospital local com ferimentos de bala. A polícia não adianta, para já, nenhum número fixo de feridos, estando ainda no terreno a procurar mais vítimas.
Segundo a agência Reuters, um dos mortos será o próprio atirador, que teria cerca de 35 anos. Em conferência de imprensa, a polícia assegura que a operação continua enquanto as autoridades procuram mais vítimas. "Acreditamos que umas dez pessoas foram mortas hoje. Não conseguimos ser mais exatos neste momento porque a extensão do incidente é enorme", admite o chefe da polícia local, Roberto Eid Forest.
Os motivos do ataque não são, para já, conhecidos. O caso está a ser tratado como "tentativa de homicídio, incêndio criminoso e crime de porte de arma agravado", uma vez que os agentes foram recebidos com fumo ao entrarem nas instalações da escola.
Numa segunda conferência de imprensa, as autoridades adiantaram não acreditar que se trate de um ataque terrorista. Admitem que se trate de um ato isolado, embora ainda não compreendam as motivações do atirador. O atirador não era conhecido das autoridades nem tinha antecedentes criminais ou ligações conhecidas a gangues.
A escola foi encerrada e os alunos ficaram retidos nas salas de aula enquanto decorriam as manobras policiais.
O governo sueco foi rapidamente colocado ao corrente da situação. O ministro da Justiça, Gunnar Strömmer, admite que as informações que recebeu do "ato violento em Örebro são muito sérias".
"A polícia está no local e a operação está em andamento", reitera. No local estão pelo menos quatro ambulâncias e o hospital mais próximo está a preparar-se para receber mais feridos. Há relatos de pedidos de sangue a hospitais das cidades vizinhas.
Várias escolas próximas do local foram fechadas, com funcionários e alunos refugiados nas salas de aula como medida de precaução. As autoridades também já apelaram aos locais para não se aproximarem daquela zona.
Já no início da tarde, e numa altura em que a polícia se preparava para fazer a primeira comunicação à imprensa, o primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, fala em "terrível ato de violência".
"É um dia muito doloroso para toda a Suécia. Os meus pensamentos estão com aqueles para quem um dia normal de escola foi trocado por medo. Estar numa sala de aula preocupado com a própria vida é um pesadelo que ninguém deveria experienciar", lamenta.
[Notícia atualizada às 17h41 de 4 de fevereiro de 2025 para acrescentar mais detalhes]