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Embaixador na Argentina pede mais meios ao Governo português

04 mai, 2024 - 23:13 • Maria João Costa com Lusa

José Ludovice explicou que o seu apelo se prende com o facto de nos últimos anos “o atendimento a grandes comunidades se ter tornado mais intenso”.

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O embaixador de Portugal na Argentina pede mais meios ao Governo.

Em declarações em Buenos Aires, onde decorre a feira do livro que tem Lisboa como convidada este ano, o diplomata explica que aumentou a procura no consulado e que são necessários reforços.

Em causa estão os portugueses que fogem da Venezuela e a regularização de judeus sefarditas, diz José Ludovice

“Vamos manter essa presença e reforçá-la. Precisamos de mais apoio da Secretaria de Estado das Comunidades”, disse o embaixador.

José Ludovice explicou que o seu apelo se prende com o facto de nos últimos anos “o atendimento a grandes comunidades se ter tornado mais intenso”.

“Além da comunidade portuguesa, há os judeus sefarditas que adquiriram nacionalidade portuguesa. A Argentina tem a segunda maior comunidade de judeus do continente americano, a seguir aos Estados Unidos”, e um passaporte português é uma porta aberta para a Europa, assinalou.

O aumento de pedidos nos serviços da secção consular obrigou a um redimensionamento em novas frentes, o que exige um “importante reforço dos meios consulares e da oferta”.

Sobre os reforços necessários, o embaixador esclareceu que se refere a funcionários consulares, para aumentar a capacidade de resposta.

“Mas estamos confiantes de que vamos ter um foco de atenção na comunidade argentina”, afirmou.

O embaixador participou hoje, juntamente com o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, e o vereador da Cultura daquela autarquia, Diogo Moura, numa visita à Casa de Portugal, em Buenos Aires.

Na ocasião, o presidente da Casa de Portugal, Alejandro Viegas, alertou para a importância de se “manter a portugalidade” na geração de descendentes da vaga de emigração portuguesa entre os anos 1950 e 1970.

Corroborando essa ideia, José Ludovice acrescentou que, mesmo sabendo que a emigração cessou a certo momento, há todo o interesse em “manter esses laços”.

Na Argentina estima-se que existam mais de 200 mil descendentes de portugueses, indicou o embaixador, referindo que a Casa de Portugal tem à volta de 30 mil inscritos.

A Casa de Portugal tem 106 anos de existência e conta com uma biblioteca, que faz 83 anos no dia 30 de novembro, compreendendo uma coleção de livros de autores portugueses, como José Saramago, Luís de Camões, Fernando Pessoa, Camilo Castelo Branco, Júlio Diniz, António Aleixo entre outros.

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