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MNE ucraniano em Lisboa: ​“Ajuda não é suficiente até que vençamos”

19 mai, 2023 - 19:38 • Filipa Ribeiro , Marta Pedreira Mixão

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia pediu ainda a Portugal meios aéreos e apoio na adesão à NATO.

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O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleb, agradeceu o apoio já dado por Portugal, mas relembrou que toda a ajuda continua a ser bem-vinda até que o conflito acabe e que só aí poderá dizer que não precisa de mais apoio.

"Não me interpretem mal – seja os Estados Unidos, Portugal ou outro país –, só vou dizer que basta de ajuda depois da vitória. Quando a Ucrânia vencer vou agradecer-vos por terem feito o suficiente para isso, para conseguirmos a vitória conjunta. Agradeço profundamente cada ajuda, não me importa se são só os Estados Unidos ou Portugal, aprecio igualmente os dois. A ajuda não é suficiente até que vençamos, quando ganharmos direi que sim, foi feito o suficiente", afirmou o líder da diplomacia de Kiev, em conferência de imprensa no final de uma reunião em Lisboa com João Gomes Cravinho.

Dmytro Kuleba pediu ainda que Portugal participe numa coligação internacional de formação de pilotos e fornecimento de caças de combate modernos, bem como apoio na adesão de Kiev à NATO.

“Convidei Portugal para se juntar à coligação de caças de combate, começando a formar pilotos ucranianos”, disse Kuleba, numa proposta que o Gomes Cravinho registou mas não comentou, lembrando que Portugal já participa no grupo de fornecimento de tanques modernos: “Por isso achamos que também seria muito útil se pudessem trabalhar em aviões connosco”.

O líder da diplomacia de Kiev observou que o apoio ao seu país começou a evoluir mais rapidamente do que nos meses anteriores e chegou a hora de ser reforçado, sendo “a primeira etapa a formação de pilotos”.

Na mesma conferência de imprensa após o encontro, João Gomes Cravinho reafirmou o apoio de Portugal à Ucrânia em todos os campos, desde a defesa até ao económico.

“Estivemos a discutir de que forma é que Portugal pode continuar a apoiar a Ucrânia na defesa contra a Rússia. Sublinhei o apoio português em todos os domínios, político, militar, humanitário e financeiro. Não é resultado apenas de decisões governamentais, mas do desejo esmagador do povo português de apoiar a Ucrânia da agressão russa", declarou.

João Gomes Cravinho voltou a recordar ao ministro ucraniano que Portugal continua a fazer o esforço para estreitar as relações da Ucrânia com a américa latina e África.

"Discutimos também a forma como Portugal pode ser uma ponte para a Ucrânia chegar a outras partes do mundo. Temos relações estreitas com muitas partes do continente africano e da américa latina. E com eles falamos sempre da Ucrânia, explicamos a situação a quem vive mais longe e tem uma compreensão menos profunda da situação “, afirmou.

João Gomes Cravinho indicou ainda que Portugal está a preparar uma cimeira com a Estónia, que está também empenhada em ajudar a região de Vitomir, onde Portugal apoia a reconstrução de escolas.

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