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"Ucrânia precisa de uma recuperação rápida", defende Von der Leyen

25 out, 2022 - 10:43 • Olímpia Mairos

No discurso à conferência de peritos que decorre em Berlim, o Presidente ucraniano deu conta de que mais de um terço do setor de energia do país foi destruído.

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A presidente da Comissão Europeia defende que a reconstrução da Ucrânia tem de começar de imediato.

Esta manhã, em Berlim na abertura da conferência sobre a recuperação da Ucrânia, Ursula Von der Leyen reafirmou o apoio da União Europeia a Kiev.

“Penso que é justo que a União Europeia assuma a sua quota-parte. E estou a trabalhar com os nossos estados-membros para que a União Europeia possa apoiar a Ucrânia até 1,5 milhões de euros todos os meses de guerra, o que daria a volta de 18 mil milhões de euros em 2023”, disse.

Von der Leyen considera que “a Ucrânia precisa de uma recuperação rápida, a começar neste preciso momento”.

“Especialmente quando a Rússia de forma deliberada executa ataques a infraestruturas civis com um objetivo muito claro: privar homens, mulheres e crianças de água, eletricidade e aquecimento. A Rússia está a tentar paralisar a Ucrânia, mas nós não vamos deixar que isso aconteça”, garantiu.

Voltou a referir-se à invasão levada a cabo pela Rússia como um ato de terror.

Peritos internacionais estão reunidos esta terça-feira numa conferência, em Berlim, para discutir a recuperação, a reconstrução e a modernização da Ucrânia.

Zelensky pede compromisso internacional para reconstruir a Ucrânia

No discurso que proferiu por vídeo, Volodymyr Zelensky, o Presidente ucraniano, deu conta de que mais de um terço do setor de energia da Ucrânia foi destruído.

Zelensky pediu um compromisso internacional para cobrir o défice orçamental da Ucrânia de 38.000 milhões de dólares (mais de 38.500 milhões de euros), resultante da invasão russa.

“Para a Ucrânia, é uma quantia considerável de dinheiro”, disse Zelensky.

A ajuda orçamental destina-se a pagar salários, pensões e custos normais de funcionamento das estruturas estatais ucranianas.

Neste contexto, o Presidente ucraniano apelou para a criação de uma “plataforma de coordenação financeira” para a reconstrução da Ucrânia.

Reafirmou também o apelo para que os bens russos congelados no âmbito das sanções aplicadas a Moscovo sejam utilizados para apoiar o esforço de reconstrução da Ucrânia.

A conferência que decorre, em Berlim, é uma iniciativa da Comissão Europeia e da Presidência alemã do G7, em estreita coordenação com o Governo da Ucrânia

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  • E fazem o quê?
    25 out, 2022 Mondi 14:03
    Os bens russos congelados no âmbito das sanções aplicadas a Moscovo serem utilizados para apoiar o esforço de reconstrução da Ucrânia, devia ser já ponto assente no Ocidente. A Rússia vai praguejar e ameaçar - já vimos esse filme tantas vezes que já ninguém liga - mas sendo o agressor que despoletou esta guerra e fartou-se de violar Leis Internacionais, vai fazer o quê, na prática? Cortar relações com o Ocidente e ser ainda mais pária que já é? Atirar-se para os braços da China onde será parceiro menor? Virar a Ásia contra a UE que é apenas e só um dos principais parceiros de negócio da Ásia? Declarar a Guerra, que em termos convencionais significa o fim das Forças Armadas Russas e em termos nucleares é o empate da destruição mutua?

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