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Covid-19

Japão. Novas suspeitas de contaminação levam Okinawa a suspender lotes da Moderna

29 ago, 2021 - 09:06 • Lusa

A decisão surge um dia depois da abertura de uma investigação pelo Ministério da Saúde japonês à morte de dois homens que receberam a vacina da Moderna contra o novo coronavírus.

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As autoridades da região de Okinawa, no Japão, suspenderam o uso da vacina da Moderna para a Covid-19 após a descoberta de novos lotes contaminados.

A decisão surge um dia depois da abertura de uma investigação pelo Ministério da Saúde japonês à morte de dois homens que receberam a vacina da Moderna contra o novo coronavírus, provenientes de lotes com 1,63 milhões de doses, após relatos da presença de impurezas em certas embalagens do produto.

A região de Okinawa, localizada no sul do Japão, decidiu “suspender o uso das vacinas Moderna por terem sido detetadas substâncias estranhas em alguns lotes”, segundo indica um comunicado divulgado pelas autoridades locais.

Os lotes afetados por esta contaminação, detetada no sábado em Okinawa, são diferentes dos que foram suspensos após a descoberta de impurezas em alguns frascos, de acordo com as notícias veiculadas pela imprensa local.

Esta decisão surge depois ter sido conhecida a morte de dois homens, de 30 e 38 anos, após receberem a segunda dose da vacina da Moderna de um dos três lotes suspensos em 26 de agosto pelo Governo.

Os dois homens, que tiveram febre depois de receberem a vacina, não apresentavam problemas de saúde ou histórico de alergias, acrescentou a mesma fonte.

O Ministério da Saúde anunciou a abertura de uma investigação para determinar a causa daquelas duas mortes, especificando que “a relação de causa e efeito com a vacinação permanece até hoje desconhecida”.

Num comunicado emitido pela Moderna, a empresa refere que, de momento, não tem "qualquer evidência de que essas mortes sejam causadas pela vacina Moderna Covid-19, e é importante conduzir uma investigação formal para determinar se há alguma ligação".

A Moderna acrescenta que está a trabalhar com o distribuidor Takeda e o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar do Japão para "investigar as duas mortes".

Estas doses já tinham sido enviadas para mais de 800 centros de vacinação no país.

Segundo o fabricante, as reclamações "foram centradas num lote específico", mas, "por uma questão de cautela", o Governo japonês suspendeu o uso de "três lotes fabricados na mesma série".

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