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Eleições nos EUA. Trump tenta travar contagem no Michigan e contesta resultados no Wisconsin

04 nov, 2020 - 18:06 • Redação com Reuters

"Há relatos de irregularidades em vários condados do Wisconsin", avança a campanha de Donald Trump.

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A campanha de Donald Trump anunciou esta quarta-feira que avançou com uma ação em tribunal para travar a contagem dos votos das eleições presidenciais no estado do Michigan.

"Nós apresentámos hoje uma ação no Tribunal de Reclamações do Michigan para interromper a contagem até que nos seja concedido acesso significativo", refere a "entourage" do recandidato republicano.

"Também exigimos a revisão das cédulas que foram abertas e contadas enquanto não tínhamos acesso significativo", adianta a campanha, em comunicado.

O Presidente norte-americano também vai pedir a recontagem dos votos no Wisconsin, apesar de o processo de contagem ainda não estar finalizado - a CNN já deu a vitória a Joe Biden naquela região dos Estados Unidos.

"Há relatos de irregularidades em vários condados do Wisconsin que levantam sérias dúvidas acerca da validade dos resultados", afirma, em comunicado, Bill Stepien, diretor de campanha do Presidente norte-americano, sem revelar provas.

"O Presidente está bem dentro do limite para solicitar a recontagem e faremos isso imediatamente", adiantou a mesma fonte.

Com 99% dos votos contados, Biden tem 49,4% e Trump 48,8%, avança a empresa de sondagens Edison Research, que realizou sondagens à bocas das urnas nestas eleições.

A diferença entre Biden e Trump no Wisconsin é inferior a 1%, o que permite ao candidato republicano pedir a recontagem dos votos.

Trump ataca no Twitter

O Presidente norte-americano, Donald Trump, foi ao Twitter questionar a contagem dos votos que lhe retirou vantagem em alguns estados importantes para a eleição, como Wisconsin e Michigan.

“Ontem à noite eu estava na frente, muitas vezes solidamente, em muitos estados-chave, em quase todos os casos os democratas governavam. Então, um por um, eles começaram a desaparecer magicamente, enquanto votos surpresa eram contados. MUITO ESTRANHO, e as especialistas em sondagens erraram completamente de forma histórica”, escreveu Trump.

A publicação de Donald Trump recebeu um alerta da rede social Twitter, por ser questionável e por poder ser enganosa.

No mesmo sentido, a campanha de Trump veio esta quarta-feira afirmar que “votos ilegais” não devem ser contados, caso contrário o caso poderá seguir para os tribunais.

“Se contarmos todos os votos legais, nós ganhamos, o Presidente vence”, declarou Bill Stepien, um responsável da campanha de Trump.

A diretora de campanha de Joe Biden mostra-se otimista e acredita que o candidato democrata está a caminho da vitória.

Em declarações aos jornalistas, Jennifer O'Malley Dillon espera que Biden garante os 270 votos eleitorais ainda esta quarta-feira, numa altura em que ainda se contam votos em oito estados.

A campanha de Biden está confiante e considera que pode conquistar os estados do Michigan, Wisconsin e Pensilvânia.

Jennifer O'Malley Dillon dá a vitória no Wisconsin como certa e também espera ganhar no Nevada.

Biden é o candidato mais votado de sempre

O democrata Joe Biden já é o candidato a conseguir mais votos na história das eleições presidenciais nos Estados Unidos, mas pode não chegar para ser eleito Presidente.

De acordo com a Associated Press, o candidato democrata garantiu até agora mais de 69 milhões de votos (69,628.972), numa altura em que a contagem prossegue em vários estados.

Joe Biden bateu o anterior recorde alcançado por Barack Obama, em 2008, que era de 69,498.516 votos.

O Presidente recandidato Donald Trump tinha 67,544.968 votos esta quarta-feira de manhã, mais cinco milhões em relação às eleições de 2016.

[notícia atualizada às 19h34 - Trump tenta suspender contagem dos votos no Michigan]

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