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Feira do Livro de Buenos Aires

Depois da Feira do Livro, Carlos Moedas organiza Cimeira Buenos Aires-Lisboa

05 mai, 2024 - 14:31 • Maria João Costa

Depois da presença na Feira do Livro de Buenos Aires, a cidade de Lisboa vai acolher uma cimeira entre as capitais portuguesa e argentina. O autarca de Lisboa quer agora implementar um programa de residências para escritores e reforçar a linha das traduções.

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Carlos Moedas leva trabalhos para casa. No regresso a Lisboa, depois da passagem pela Feira do Livro de Buenos Aires, onde a cidade de Lisboa é este ano convidada de honra, o autarca anuncia que vai organizar uma cimeira entre as duas cidades.

Depois de um encontro com o chefe do governo de Buenos Aires, Jorge Macri, Carlos Moedas anuncia: “Combinamos fazer em outubro ou novembro, uma cimeira Buenos Aires, Lisboa”.

Mas os trabalhos de casa, como o próprio autarca designa vão mais longe. Passam também pela implementação de um programa de residências literárias. São “residências para literatura, para portugueses de Lisboa virem para cá [Argentina] ou pessoas de Buenos Aires irem para Lisboa”, detalhou.

O presidente da Câmara que afirma não querer “que se perca esta relação” com a Argentina, avança ainda com outra frente de trabalho. “É um ponto muito importante”, diz Moedas e passa por “reforçar as linhas de tradução”.

“Dei-me conta que ainda temos que fazer muito sobre isso, porque há muitos dos nossos autores que cá vieram que não estão traduzidos e merecem ser traduzidos e, portanto, vamos trabalhar nisso com eles”.

Moedas fala de um balanço “muito positivo” da presença de Lisboa na Feira do Livro que decorre até 13 de maio e elenca as “mais de 100 atividades” que promovem neste evento.

O autarca que considera que a presença de Lisboa na Feira do Livro de Buenos Aires “credibilizou a cultura portuguesa”, acrescenta ainda que propôs ao chefe do governo da cidade, o passe cultural que Lisboa tem.

“Foi uma ideia que foi muito bem recebida aqui e, portanto, vamos falar também na ideia de poder exportar essa ideia para Buenos Aires, um passe cultura em Buenos Aires, e para além disso, acho que tudo isto leva também a outras conversas e ideias, seja na mobilidade, na inovação, nos espaços verdes. Podemos ter as nossas câmaras municipais a trabalhar em conjunto”, referiu.

Questionado pela Renascença sobre o investimento da autarquia nesta operação, o presidente da Câmara de Lisboa reconhece que foi “grande”. “É um investimento que leva daqui muitos frutos, não só na cultura, mas também combinamos com Jorge Macri, em relação às empresas, aos novas startups, às tecnológicas, como é que elas podem ter aqui uma relação com a nossa Fábrica de Unicórnios em Lisboa”.

Outra das sementes que Lisboa quer deixar em Buenos Aires são os livros. Moedas não terá de pagar portes para levar para casa os livros que não forem vendidos na feira. “Não vamos levar os livros de volta. Muitos foram vendidos. Infelizmente, há uns que ficaram esgotados, mas há outros que ficarão e, portanto, vamos deixar esses criarem aqui esta relação”.

Os livros serão doados à biblioteca do “Clube Português, mas também a escolas e outras instituições”, explicou Carlos Moedas que colocou a hipótese de mandar ainda mais livros para reforçar a presença portuguesa em Buenos Aires.

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