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Covid-19. Comerciantes de Benfica pedem regresso das máscaras

19 mai, 2022 - 12:18 • Marta Grosso com redação

A Renascença visitou um mercado de Lisboa e ouviu as preocupações de quem todos os dias trabalha diretamente com o público, numa altura em que os casos de Covid-19 estão em alta.

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Vox pop no mercado de Benfica sobre pandemia (19/05/2022)

Os comerciantes do mercado de Benfica, em Lisboa, não se sentem seguros e pedem medidas mais restritivas para combater a pandemia de Covid-19.

À Renascença, muitos foram os que revelaram preocupação de que os negócios voltem a fechar como consequência da nova vaga.

Margarida Sá, lojista, diz que não se sente segura e exclama: "Devíamos continuar com as máscaras. Digo isto porque em dois anos sempre a trabalhar nunca fui contaminada e agora fui infetada".

O medo do vírus para quem todos os dias recebe pessoas é elevado, até porque já há casos, neste mercado, de comércios encerrados devido aos funcionários estarem infetados.

Outra das pretensões dos comerciantes é o retorno dos testes gratuitos às farmácias como forma de controlo da propagação do vírus.

“Estamos a fazer muito menos testes, a apanhar mais casos e agora imagine o que não está a ser detetado, porque não têm sintomas ou porque não são obrigados a fazer teste”, afirma a comerciante Diana Rodrigues.

O retorno de algumas medidas de combate à Covid-19 é aceite por todos, não como penalização, mas como uma maneira de manterem os negócios a funcionar.

A exigência de testes ou certificado de vacinação à entrada de espaços fechados e o uso obrigatório de máscara são os pedidos mais frequentes.

O regresso das máscaras em locais fechados ou com mais gente e da gratuitidade dos testes à Covid-19 tem sido um pedido recorrente nos últimos dias.

Nesta quinta-feira, o presidente da Associação Nacional de Restaurantes (Pro.Var) admitiu à Renascença que existe “um grande problema” de mão-de-obra por causa da quantidade de trabalhadores infetados.

Daniel Serra adianta que muitos restaurantes já tiveram de fechar.

Da parte dos especialistas, o pneumologista Filipe Froes defende a testagem gratuita “de forma a identificar precocemente infeções” e o regresso dos boletins diários da Direção-Geral da Saúde (DGS).

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