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Ucrânia. Advogados portugueses oferecem ajuda a refugiados

27 fev, 2022 - 12:12 • Marina Pimentel , Marta Grosso

Bastonário classifica ofensiva na Ucrânia como uma “guerra de agressão vergonhosa” e diz à Renascença que a Ordem irá disponibilizar todos os contactos dos advogados que querem prestar assistência jurídica gratuita aos cidadãos ucranianos.

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Há advogados portugueses a disponibilizarem-se para ajudar os refugiados ucranianos que queiram vir para Portugal. Em declarações à Renascença, o bastonário saúda a iniciativa e revela que a Ordem funcionará como agregador e plataforma de todos esses contactos.

“Perante esta boa vontade que muitos colegas nos manifestaram e que nós consideramos muito louvável – corresponde à tradição dos advogados e da sua Ordem estarem sempre a apoiar os mais vulneráveis – a Ordem resolveu estabelecer um canal para recolher todas essas ofertas e iremos depois transmitir à embaixada da Ucrânia e à Associação Nacional dos Advogados da Ucrânia”, avança.

Deste modo, os cidadãos ucranianos que estejam em Portugal, “mas também os que estão na Ucrânia e que tenham planeada alguma deslocação a Portugal”, poderão, através dessa plataforma, “tratar da documentação necessária para que se consiga acolher os muitos refugiados ucranianos que, infelizmente, nesta hora tão difícil, estamos a contar receber em Portugal”, conclui Menezes Leitão.

Num comunicado divulgado neste domingo, o bastonário da Ordem dos Advogados considera a invasão da Ucrânia uma “guerra de agressão vergonhosa que foi lançada contra um país livre e soberano”.

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades. A ONU deu conta de perto de 370 mil deslocados que chegaram a vários países vizinhos, como a Polónia, a Hungria, a Moldávia e a Roménia.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, tendo sido aprovadas sanções pesadas contra a Rússia.

O terceiro pacote de sanções envolve o sistema financeiro. Sete bancos russos vão ser excluídos do sistema SWIFT e “desconectados do sistema financeiro”, anunciou a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, no sábado à noite.

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