Manuel Braga da Cruz, antigo reitor da Universidade Católica Portuguesa (UCP), foi galardoado com o Prémio Árvore da Vida - Padre Manuel Antunes, referente a 2022, anunciou esta terça-feira o Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura.

O Prémio Árvore da Vida destaca anualmente, desde 2005, "a excelência de personalidades, percursos e obras que refletem o humanismo e a experiência cristã no mundo contemporâneo", revela aquele Secretariado.

"Com pensamento estruturado desde a inicial formação em Filosofia, Manuel Braga da Cruz conjugou de forma exemplar a liberdade de espírito com a coerência de princípios na carreira universitária como brilhante investigador e professor (desde o Instituto de Ciências Sociais até à Universidade Católica Portuguesa, de que foi Reitor entre 2000 e 2012)", refere a justificação sumária dos jurados, que tiveram presente "o excelente trabalho de pesquisa e reflexão realizado (...) nas áreas conexas da Sociologia e da Ciência Política, bem como nos estudos de História", em particular "sobre os antecedentes e o devir do Estado Novo e as relações entre Igreja e Estado nesse período".

"Instituições Políticas e Processos Sociais", "Sistemas Eleitorais - o debate científico", "Transições Históricas e Reformas Políticas em Portugal", "A Globalização, Portugal e a Europa", "O Sistema Político Português", "Os Católicos, a Sociedade e o Estado, "Monárquicos e Republicanos no Estado Novo" e "O Estado Novo e a Igreja Católica" são algumas das obras de Manuel Braga da Cruz, nascido em 1946, em Tadim, Braga.

O júri do Prémio Árvore da Vida foi constituído por João Lavrador, bispo de Viana do Castelo e presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, o jornalista Carlos Magno, o ex-ministro Guilherme d"Oliveira Martins, o académico José Carlos Seabra Pereira, o padre jesuíta e diretor da revista Brotéria José Frazão Correia, e a académica Maria Teresa Dias Furtado.

Nas edições anteriores o prémio galardoou figuras como o poeta Fernando Echevarría, o cientista Luís Archer, o cineasta Manoel de Oliveira, a classicista Maria Helena da Rocha Pereira, o político e intelectual Adriano Moreira, o arquiteto Nuno Teotónio Pereira, o ator e encenador Luís Miguel Cintra ou o ensaísta Eduardo Lourenço.