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As notícias podem ser boas ou más, verdadeiras ou falsas, e para as comunicar da melhor maneira o Papa encoraja os profissionais dos meio de comunicação a fazê-lo de forma positiva.

Esta é uma das principais ideias na mensagem do Papa para o Dia Mundial das Comunicações Sociais, divulgada esta terça-feira, cujo título é “Comunicar esperança e confiança, no nosso tempo”.

O Papa escreve ser necessário “romper o círculo vicioso da angústia e deter a espiral do medo”, que resultam do hábito de “fixar a atenção nas ‘notícias más’ (guerras, terrorismo, escândalos e todo o tipo de erros humanos)”.

Para Francisco, não se trata de “ignorar o drama do sofrimento, nem de cair num optimismo ingénuo”, alheado dos escândalos. Antes pelo contrário, o que o Papa quer é que todos ultrapassem “aquele sentimento de mau-humor e resignação que muitas vezes se apodera de nós e nos lança na apatia, gerando medos ou a impressão de não ser possível pôr limites ao mal.”

E mais, diz Francisco, quando “o drama do sofrimento e o mistério do mal são elevados a espectáculo podemos ser tentados a anestesiar a consciência ou cair no desespero”.

Como alternativa, Francisco pede que uma “abordagem positiva”, assente em “boas notícias”.

“Tudo depende dos ‘óculos’ que decidimos pôr para a ver a realidade: se mudarmos as lentes”, diz o Papa, “também a realidade aparece diversa”. E “para nós, cristãos, os óculos adequados para decifrar a realidade só podem ser os do Evangelho”.

E como o bem, por regra, não dá nas vistas, a comunicação deve respeitar “o ‘espaço’ de liberdade” de cada um e identificar “a boa notícia presente na realidade de cada história e no rosto de cada pessoa.”

É que boas notícias no meio do drama da história “são como faróis na escuridão deste mundo, que iluminam a rota e abrem novas sendas de confiança e esperança.”