O ministro da Economia e do Mar, António Costa e Silva, indicou que não acredita que a Iberia seja "uma boa solução" para a compra da TAP.

O governante garante que apenas falou na possibilidade da Iberia entrar na corrida à TAP para "atrair o máximo de interessados" na companhia aérea portuguesa.

"Compete-me a mim atrair o maior número de interessados", reiterou.

Questionado por André Ventura, no Parlamento, António Costa Silva acusou o deputado do Chega de incompetência e disse que o objetivo foi atrair o maior número de interesses na compra da TAP.

"O senhor deputado é que incompetente completamente em relação a gestão e a processos de transação de empresas. Quando estamos em processo de transação de empresas o objetivo fundamental é atrair o maior número de propostas e quando eu fiz essa declaração, que foi em Espanha, precisamos de uma proposta da Iberia, da Lufthansa, precisamos de outras companhias, porque o maior número de propostas torna o processo competitivo e isto é fundamental para realizarmos um negócio que seja em benefício dos destinos do país", respondeu o ministro da Economia.

António Costa Silva foi ainda questionado pelo presidente do Chega sobre o caso da ex-secretária de Estado do Turismo.

O ministro da Economia diz que Rita Marques reconheceu que não podia aceitar o novo emprego. Quanto à atribuição de utilidade turística ao empreendimento, não existiu qualquer irregularidade.

“Os serviços do Ministério da Economia sobre as questões que o senhor primeiro-ministro aqui assumiu foram verificar todos os factos e temos esse parecer desses serviços técnicos. A conclusão indica claramente que não houve irregularidades na atribuição de utilidade turística àquele empreendimento”, afirmou António Costa Silva no debate de política setorial, no parlamento.

O governante respondia às questões de André Ventura, do Chega, sobre a “responsabilidade” do Governo na “cultura de suspeição”, nomeadamente sobre o caso da antiga secretária de Estado do Turismo Rita Marques.

António Costa Silva explicou que Rita Marques “tinha o desígnio de acompanhar uma empresa com quem a própria interagiu quando era secretária de Estado e isso era uma violação da lei”, pelo que a antiga governante se “retirou desse processo”.

[Atualizado às 19h00]