O número 1 da lista do Chega à ilha de São Jorge nas últimas eleições regionais é presidente da Junta do Norte Pequeno, concelho da Calheta, naquela ilha açoriana. Curiosidade: foi eleito pela primeira vez em 2009, como independente, mas nas listas do PS. E continua a ser eleito pelos socialistas, fazendo também parte do grupo socialista na Assembleia Municipal da Calheta.

Adroaldo Mendonça candidatou-se nas últimas eleições regionais dos Açores pela lista do Chega, mas é também autarca, eleito nas listas do Partido Socialista, desde 2009. O presidente da Junta de Freguesia do Norte Pequeno, no concelho da Calheta, São Jorge, foi eleito como independente, mas pelo PS. E, por inerência das funções de presidente de junta, tomou posse como deputado municipal pelo PS.

Agora, para as eleições regionais de 25 de outubro, encabeçou a lista do Chega naquela mesma ilha. Num perfil publicado no “Tribuna das Ilhas” é apresentado como um homem voluntarioso. “É um cidadão que já fez parte de todas as instituições sem fins lucrativos da sua freguesia, tendo assim contato direto com toda a população e realidade social desta ilha”, lê-se no perfil publicado quando entregou a lista do Chega por São Jorge.

O autarca não conseguiu, no entanto, a eleição à Assembleia Legislativa Regional, onde os três lugares correspondentes àquela ilha ficaram distribuídos por PS, CDS e PSD. O Chega conquistou ainda assim 9% dos votos na ilha, muito à frente do Bloco (1,9%) ou da coligação PCP/PEV (2,6%).

O PS conseguiu 32%, logo seguido pelo CDS com 31,6% e o PSD ficou em terceiro com 18%. Tal como há quatro anos, cada um destes partidos elegeu um deputado por São Jorge.

O Chega anunciou esta sexta-feira que chegou a um acordo para viabilizar um Governo regional liderado pelo PSD. Tal como a Renascença já havia adiantando, o Chega não fará parte do executivo, mas viabiliza um Governo de direita. O anúncio do acordo provocou várias reações críticas por parte dos partidos de esquerda, com o secretário-geral adjunto do PS, José Luís Carneiro a acusar Rui Rio de ter “vendido a dignidade” da revisão constitucional ao partido de André Ventura. A situação levou mesmo o PSD a esclarecer que o acordo para os Açores não tem âmbito nacional