Nuno Melo, que tem uma moção conjunta com Telmo Correia, desistiu de a levar a votos em favor de João Almeida, um dos três candidatos que restam à liderança do CDS. Melo, que discursou no encerramento da ronda de defesa das moções, também anunciou que não pretende ter qualquer cargo nos órgãos do partido nos próximos dois anos.

“Já servi muitas vezes o CDS como general, servirei agora como soldado”, disse Nuno Melo, o único eurodeputado do CDS.

“Um soldado, mas um soldado na linha da frente das trincheiras”, acrescentou, manifestando-se disponível para ajudar nas próximas batalhas eleitorais quem quer que seja que ganhe o congresso.

Melo fez um discurso de apelo à unidade, pedindo a quem vença que seja capaz de trabalhar com os outros candidatos. Mas o eurodeputado acabou por deixar claro que apoia João Almeida, justificando esse apoio com o facto de este ser o único candidato que é deputado.

“É determinante, é fundamental para o futuro do CDS que o presidente do meu partido possa debater cara a acra com o dr. António Costa, o que só acontecerá na Assembleia da República”, justificou Nuno Melo que, em 2016, quando se colocou a hipótese de ser candidato à sucessão de Paulo Portas, justificou não ir a votos com o facto de não ser deputado no Parlamento português.