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A deputada do Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV), Heloísa Apolónia, deixou um apelo ao combate à abstenção no seu discurso na sessão solene da comemoração do 25 de Abril, lembrando os três atos eleitorais de 2019.

“Abdicar desse direito de votar, que custou a conquistar, é uma rendição ao conformismo, é deixar nas mãos dos outros a decisão, quando a verdade é que cada voto conta para fazer a diferença e determinar a correlação de forças políticas”, disse a deputada eleita nas listas da CDU, na conclusão do seu discurso em que manifestou a certeza de que o futuro “será verde”.

A deputada fez questão de salientar o papel d'Os Verdes para “quebrar um ciclo de massacre social do anterior governo, para restituir dignidade aos cidadãos, para combater os níveis de pobreza e de desemprego, para gerar mais segurança ambiental, para inverter a lógica de desinvestimento em setores por demais importantes, para gerar melhor condições de vida”.

Heloísa prometeu continuar a erguer “bandeiras de transformação” e levar a que os discursos se convertam em medidas concretas: “travar a expansão absurda das monoculturas de eucalipto, reforçar a conservação da natureza e da biodiversidade, contrariar níveis de poluição inaceitáveis, reponderar o Plano Nacional de Barragens, reduzir os resíduos de plástico e a pegada ecológica do setor alimentar, promover a coesão territorial e o direito à mobilidade na rede ferroviária e com a redução do preço dos passes sociais”.

“São verdes os caminhos do futuro, da esperança libertadora dos sonhos”, acredita a deputada do PEV, que promete não baixar os braços e lutar incansavelmente contra o poder dos mais fortes “do grande poder económico e financeiro, do militarismo” na Europa. Porque, disse, “Abril é pugnar por um país de progresso e sustentabilidade”, que não pode contemplar retrocessos, nem “avanços e recuos consecutivos, aos soluções, de quem deseja, mas não ousa enfrentar o sistema e os grandes interesses instalados”.

“O que é preciso é avançar com a audácia e a responsabilidade de quem acredita que a política é traiçoeira quando se sustenta nos interesses dos banqueiros agiotas ou quando se molda o mercado aos sabor dos interesses de multinacionais que ‘ferram o dente’ no que for preciso para liquidar a soberania dos povos”, disse Heloísa Apolónia, sem nunca se referir a partidos em concreto, mas com recados implícitos aos socialistas.

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