O Governo chamou o PSD para falar sobre a situação do Novo Banco e a delegação social-democrata que foi ao encontro, segundo o que a Renascença sabe, disse aos socialistas que têm uma maioria de esquerda no Parlamento, pelo que devem resolver os problemas com os partidos que suportam o executivo.

Segundo fonte da direcção do grupo parlamentar do PSD, a reunião foi pedida pelo Governo para fornecer informação sobre o processo de venda do Novo Banco.

O Governo não fez nenhum pedido de apoio para a solução, que o primeiro-ministro disse esta terça-feira que quer fechar até ao fim da semana, mas a mesma fonte do grupo parlamentar do PSD salientou à Renascença que deve ser a maioria de esquerda a aprovar a solução que venha a ser aprovada pelo executivo.

Na reunião com o Governo, estiveram vários elementos da direcção da bancada parlamentar e a ex-ministra das Finanças Maria Luís Albuquerque, mas não esteve o líder do PSD, Pedro Passos Coelho. Pelo executivo, estava o próprio ministro das Finanças, Mário Centeno, e Sérgio Monteiro, consultor no processo de venda do Novo Banco.

Segundo várias notícias que têm surgido, a hipótese em cima da mesa passa pela venda do Novo Banco ao fundo norte-americano Lone Star, mas ficando o Estado com 25%, ainda que sem direito de voto ou de interferência na gestão do banco.

Essa solução, no entanto, desagrada aos partidos da esquerda. Tanto o Bloco como o PCP preferem a nacionalização do banco. E mesmo dentro do PS há quem tenha reservas, como Francisco Assis ainda esta terça-feira manifestou na Renascença.

A solução para o Novo Banco está ainda dependente da decisão da Direcção-Geral da Concorrência da União Europeia e pode ser necessária uma alteração legislativa, pelo que o Governo tem de acautelar a aprovação parlamentar.

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