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Uma agressão contra um agente das forças de segurança é uma agressão contra todos nós, afirmou esta segunda-feira o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro.

Em declarações aos jornalistas em Matosinhos, José Luís Carneiro comentou assim os incidentes polícias e manifestantes durante a manifestação pela habitação, em Lisboa.

“Qualquer ofensa contra os agentes da autoridade é uma ofensa a todos nós, ao Estado de Direito, que se baseia em normas e tem fundamentos democráticos que resultam da legislação. Qualquer ofensa àqueles que velam pelo cumprimento da legalidade é uma ofensa ao Estado de Direito e ao povo português”, declarou o ministro da Administração Interna.

O secretário-geral comunista, Paulo Raimundo, demarcou-se esta segunda-feira dos confrontos na manifestação de sábado pelo direito à habitação, em Lisboa, considerando-os lamentáveis, mas salientando que o protesto ficou marcado pelas reivindicações dos manifestantes e não pelos distúrbios.

“Não acompanhamos a expressão final desse protesto, nas condições que aqui identificou, mas aquilo que marca não foram esses lamentáveis incidentes, o que marca são aqueles milhares de pessoas que saíram à rua por justas razões, que tiveram e que continuam a ter”, declarou.

Dois agentes da PSP ficaram feridos em confrontos com manifestantes durante a manifestação de sábado.

O Sindicato dos Profissionais de Polícia (SPP/PSP) criticou, no domingo, o silêncio do Governo e do Presidente da República sobre os confrontos de sábado, durante a manifestação pelo direito à habitação, em Lisboa, que provocou ferimentos em dois agentes da PSP.

Em declarações à Renascença, Paulo Macedo, do SPP, acusa a tutela de ser rápida no anúncio de medidas punitivas, mas lenta na defesa dos polícias.

“Sempre que acontece alguma situação em que haja algum tipo de dúvida, a tutela e quem nos representa vem logo acusar ou informar que está a ser aberto um processo disciplinar, e neste caso gostaríamos de ver o Sr. ministro, o Governo, a defenderem os polícias que estiveram a efetuar o seu trabalho e não vimos ninguém vir a terreiro, mesmo o Sr. Presidente da República, a defender os polícias e o trabalho dos polícias”, lamenta o dirigente do SPP.

O presidente do Sindicato dos Profissionais de Polícia pede, ainda, iniciativas legislativas que acabem com o que diz ser o clima de impunidade que se vive, numa altura em que são comuns os episódios de violência contra os agentes da PSP.