A proposta de criação da especialidade de Medicina de Urgência foi chumbada esta segunda-feira pelo Ordem dos Médicos.

A medida recebeu 51 votos contra e apenas 21 votos a favor.

A especialidade é apoiada por antigos e atuais diretores de serviços de urgência, mas considerada inoportuna pelos médicos de Medicina Interna.

Cinquenta e seis antigos e atuais diretores de serviços de urgência disseram na semana passada num manifesto que é indispensável a criação da especialidade face às “enormes insuficiências” da rede hospitalar.

Os signatários lembram que esta é uma especialidade com mais de 50 anos “presente na esmagadora maioria dos países da Europa, nos quais constitui um dos pilares fundamentais dos cuidados médicos”, mas que só agora os médicos portugueses “vão decidir da bondade da sua criação”.

Contudo, para a presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI), a criação da nova especialidade é inoportuna.

Lélita Santos disse à Lusa que, “neste momento, não é oportuno [a criação da nova especialidade] e que há outras alterações e medidas estruturais que devem ser tomadas antes de se analisar a necessidade dessa especialidade”.