O comandante da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) disse esta terça-feira que se prevê uma "tarde complicada" no combate ao fogo que lavra em Murça, no distrito de Vila Real.

Em conferência de imprensa, André Fernandes explicou que "as condições meteorológicas são pouco favoráveis ao combate às chamas, devido ao aumento do vento e às temperaturas elevadas".

"Prevê-se que a situação possa agravar-se até ao cair da noite", indicou no briefing diário da Proteção Civil. "Durante a noite teremos de aproveitar a janela meteorológica para combater o incêndio."

André Fernandes explicou ainda aos jornalistas que aguarda por uma reunião ao final do dia "em que se decidirá se o país vai continuar em situação de alerta ou se volta a uma situação de contingência".

A situação de alerta é, de acordo com a Lei de Bases da Proteção Civil, o nível menos grave, abaixo da situação de contingência e do patamar mais grave, a situação de calamidade.

Pelas 12h30, de acordo com informações da página oficial da ANEPC, estavam mobilizados no combate às chamas em Murça 733 operacionais, apoiados por cinco meios aéreos e 254 veículos.

Este incêndio deflagrou no domingo à tarde na localidade de Cortinhas, no concelho de Murça, e nesse mesmo dia passou para o concelho de Vila Pouca de Aguiar, avançando ontem para Valpaços.

Na tentativa de escapar às chamas em Penabeice, na freguesia de Jou, um casal de idosos perdeu ontem a vida ao despistar-se de carro.

[atualizado às 12h43]